Jessé Souza

Fim da linha 4173

Fim da linhaAssim como a esquerda foi traída por Lula e companhia petista, a direita também foi golpeada por Aécio (PSDB), Temer (PMDB) e seus comparsas. Ficou bem claro que, se a classe política quisesse moralizar o Brasil, não precisaria chegar ao impeachment de Dilma (PT), uma vez que, no atual sistema, o (a) presidente não tem autonomia para decidir sem o aval do Congresso.

Mas um grande golpe no país foi orquestrado para tomar o país de assalto e colocá-lo sob o controle de um grande esquema que visa não somente livrar os políticos corruptos da cadeia, mas tornar o Brasil o mais retrógrado de todos os tempos, a exemplo do que vem acontecendo com as reformas da educação, trabalhista e previdenciária.

Embora o Congresso esteja infestado e comandado por políticos atolados até o pescoço em casos de corrupção, as reformas vêm sendo tocadas longe dos debates e discussões com a sociedade organizada, pois o momento político é propício devido à desmobilização dos movimentos sociais e a divisão histérica de opinião de quem se diz de esquerda e de direita.

Nesse exato momento, quando se decide a cassação ou não do presidente Temer (envolvido em cheio na Operação Lava Jato), por abuso de poder político e econômico, o Congresso, mantido por um esteio podre e fétido, segue com a apreciação das reformas, como se nada estivesse acontecendo, alegando que o país “não pode parar” e tentando dar um ar de “normalidade” a esse momento conturbado.

Essa é a realidade que mostra nas mãos de quem está o país, que precisa ser colocado nos trilhos outra vez, impedindo que esses políticos enlameados com a corrupção concluam esse processo de fazer o Brasil caminhar para trás, tornando-o verdadeiramente uma republiqueta que, em vez de fortalecer tudo o que o brasileiro conquistou, retira os direitos conquistados sob muita luta ao longo dos anos e assinalados na Constituição Federal de 1988.

Embora não saibamos em quem acreditar nesse momento de infestação geral de corrupção, numa provável eleição direta, nem sabemos aonde poderemos nos meter numa eleição indireta, não é possível mais permitir que Temer e seu grupo continuem no poder comandando o desmantelo do Brasil e arquitetando uma forma de os corruptos se livrarem da cadeia.

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