Jessé Souza

Lula e a escuridao da caverna Brasil 6560

Lula e a escuridão da caverna Brasil

O solta-e-prende do petista Lula da Silva serviu para mostrar como a Justiça brasileira está podre e precisa de uma reforma urgente para que o Brasil não se desmanche de vez e experimente um duro retrocesso. Desde o impeachment ilegítimo de Dilma, o Supremo Tribunal Federal (STF) vem mostrando o descarado partidarismo de seus membros, a arrogância de uns, a prepotência de outros e o ego inflado de todos.

Com a Operação Lava Jato, o descrédito da mais alta Corte da Justiça brasileira foi transmitido ao vivo com suas linguagens rebuscadas, por meio de um juridiquês que não precisa de tradução para mostrar aos leigos a podridão que reina sob as togas que um dia representaram a esperança de uma instituição responsável por manter a integridade de um país destruído pela corrupção.

Enquanto a maior TV brasileira, a Globo, não conseguiu mais desviar a atenção para a Copa do Mundo, pois a Seleção brasileira acompanhou o fiasco que se tornou o país, agora ela tenta concentrar os olhares dos brasileiros para a caverna na Tailândia, enfiando os brasileiros na vergonha escuridão da caverna da política brasileira, em que o episódio de Lula acabou por jogar um pouco de luz sobre a fétida realidade.

Nessa caverna brasileira contaminada pela corrupção e politicalha, um juiz de Primeira Instância se mostra acima de todos, assim como magistrados de uma Segunda Instância se peitam descaradamente em quebra de hierarquia e partidarismo inadmissíveis para uma Justiça na qual a população brasileira repousa sua última esperança de consertar o país. 

A Justiça ágil, que quebra hierarquia e tira juízes de férias e de seu descanso semanal para soltar e manter preso Lula em uma velocidade jamais vista, é a mesma que se arrasta para julgar ladrões de galinha que acabam ficando trancafiados em cadeias dominadas pelo crime organizado, passando enjaulados o tempo suficiente para se “formarem” na “universidade do crime”, como são chamados os presídios brasileiros. 

Também é a mesma Justiça em que os membros do Supremo são nomeados por indicações político-partidárias, os quais passam a julgar de acordo com os interesses do grupo que os nomeou, seja por ideologia ou por comprometimento partidário e troca de favores. Então, ou a Justiça brasileira começa a ser resgatada dessa cavernosa situação, por meio de uma urgente reforma, ou vamos entregar o Brasil nas mãos de algozes piores, com sérios riscos para a democracia conquistada a duras penas.  

*Colaborador [email protected] Acesse: www.roraimadefato.com/main