Minha Rua Fala

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EXALTAÇÃO A RORAIMA I Roraima, ao Norte do Brasil É mais uma estrela neste céu cor de anil Quero ver-te forte e sempre altaneiro Para dizer com orgulho que sou brasileiro II Boa Vista, sua linda capital Reluz no rio Branco beleza sem igual Do Macuxi ao imigrante Somos mistura de raça itinerante III De quinze municípios o Estado é formado Do chão de terra é feito o nosso lavrado Cavalos selvagens, onças e tamanduás Bebem nos igarapés por esta terra, espalhados. IV Monte Roraima, sentinela da fronteira. Guardião do Norte, nele tremula a nossa bandeira. Macunaíma, Cobra-grande, Cruviana e Tucandeira São sonhos, lendas, da criança a brincadeira Refrão: Boa Vista, sua linda capital Reluz no rio Branco beleza sem igual Do Macuxi ao imigrante Somos mistura de raça itinerante. V No lago Parima, tomou banho El Dorado. Garimpeiro, nessa crença, procura pelo lavrado Venha à esta terra, provar do caju e do tambaqui Conheça Roraima, pois o Brasil começa aqui. __ – Letra de Francisco Cândido e música de Leon D`Ávila Barros Cândido.

El Dorado era sinônimo de esplendor. Houve muitos “El Dorados”, é verdade. A lenda surgia e era contada de várias maneiras. Às vezes era um lago (seria o Lago Parima em Roraima? Chamado de “Lacus Parima”, conforme constava em antigos mapas?); outras vezes era um país maravilhoso chamado Omágua, outras vezes, uma cidade de nome Manoa, enfim, todos esses nomes, significavam um vasto império riquíssimo com cidades fantásticas.

Contavamas lendas que o chefe supremo dessa civilização seria um “Príncipe Dourado”, ou “Eldorado”, termo em espanhol que significa “O (homem) dourado”, de aparência resplandecente, cujas vestes e até mesmo o próprio corpo seriam recobertos de ouro, ornados ainda pelas mais valiosas joias – descrito Fernandes de Oviedo, em 1535.

O conquistador espanhol Gonçalo Pizarro quando foi enviado ao Peru, condicionou sua viagem à descoberta do “Vale delDorado”. Encontrou apenas pés de canela.

Em 1775 uma expedição espanhola, comandada pelo cadete de Infantaria Antônio Lopez, adentrou na região onde hoje é o Estado de Roraima e conseguiu convencer os Macuxis a conduzi-lo até a uma montanha que os índios consideravam como sendo de ouro. A tal montanha, na realidade, era o Monte Roraima, chamado pelo desbravador Gravesande de “Montanha de Cristal”. Seria este o lugar do El Dorado?.

A Região do rio Branco: – O Estado de Roraima recebeu este nome em razão da importância e da imponência do Monte Roraima, localizado na trijunção do Brasil com a Venezuela e a Guiana. É, portanto, um nome comum em espanhol, inglês e português. Aliás, é a única fronteira trilingüe da América.

Para o Brasil, o Estado de Roraima ocupa um lugar no seu extremo setentrião (o ponto Extremo Norte do Brasil fica na nascente do rio Uailã no Monte Caburaí, no Município de Uiramutã). Historicamente, porém, o nosso Estado, antes Território Federal, não foi merecedor de grandes atenções por parte do governo central do Brasil. Durante o período colonial, quando o rio Branco foi descoberto, os portugueses verificaram que este rio, ao contrário dos outros da bacia amazônica, não era tão rico em produtos de coleta vegetal. As conhecidas drogas do sertão não eram, no rio Branco, tão abundantes como nos demais.

A instalação da Capitania de São José do Rio Negro (Barcelos, a primeira capital do Amazonas), quase em frente à foz do rio Branco, trouxe a este vale um status mais elevado. Todavia a decisão de instalar a Capitania naquele lugar foi tomada mais em função do medo que tinham os portugueses de serem surpreendidos pelos holandeses (que negociavam com os nativos do rio Branco através dos rios Tacutu, Rupununi, Essequibo e o próprio Branco).No entanto, sertanistas portugueses aproveitaram e penetraram, nos séculos XVII e XVIII, no rio Branco, dando início à sua exploração.

Roraima, divide-se, em linhas gerais, em três regiões distintas: o baixo rio Branco, com sua floresta densa e úmida características da região amazônica; a região dos campos gerais, escolhida pelos portugueses para a introdução do gado, e as serras que, no século XX foram eleitas como próprio para a garimpagem do ouro e do diamante.

Os portugueses concentraram-se no baixo rio Branco, principalmente.

A continuidade desta história, você lerá na próxima edição.