Opinião

Opiniao 02 05 2018 6119

ESTUPRO INTELECTUAL

Dolane Patricia*Abraão Jacinto Pereira**

As drogas constituem um grande problema que envolve um imenso número de pessoas em todo o mundo.

Muitas vezes associamos esse problema a traficantes, adultos, pessoas que geralmente temos contato somente através dos filmes e noticiários. No entanto, existem famílias que convivem com essa realidade dentro de casa. Isso se torna mais chocante quando falamos de jovens, adolescentes e até crianças.Nesse sentido, “Violência é a interrupção de uma verdade por pressão de um interesse particular ou individual” – Alain Badiou.

Não importa a forma que é usada, a droga tem um efeito devastador na vida do usuário e de sua família, que, de certa forma, passa a ser dependente também.

Dessa forma, vemos que uma vez dependente, a pessoa perde o controle de suas escolhas, pois, a droga inicia seu fluxo no corpo se estabelecendo a partir da corrente sanguínea e chega até o cérebro, e lá que acontecem os processos químicos que resultam nos efeitos físicos e psicológicos que as drogas promovem, causando efeitos negativos e prejudiciais no organismo do usuário.

Os efeitos das drogas em nosso cérebro podem ser considerados um defloramento do nosso intelecto, pois as drogas psicotrópicas elas obrigam nosso cérebro a praticar atos de pensar e combinações de pensamentos que estão fora do nosso intelecto individual de um ser, ou seja, ela interrompe ou desvia o processo de evolução consciente.Assim, da mesma forma que uma pessoa é abusada sexualmente e precisa de um tratamento e recuperação do seu estado psicossocial, a pessoa que usa droga ela precisa de uma recuperação psicossocial, porque toda a formação intelectual dessa pessoa pode estar sofrendo alterações bruscas das quais seu consciente não é capaz de promover uma autorrevisão, pois a dependência química tende a obrigar o cérebro a deletar saberes, experiências e até mesmo valores morais acumulados durante as fases de humanização das quais já vivenciamos.

Se existe algo que a experiência com as drogas pode nos mostrar é que nenhum prazer pode ser superior ao prazer que pode ser descoberto na própria vida. Nenhum ser humano precisaria de drogas para sentir prazer ou tentar ser feliz se encontrasse, na sua própria vida, uma fonte de bem-estar, satisfação e felicidade. Nem sempre é fácil termos esta postura diante da vida, especialmente numa sociedade competitiva que não aceita o fracasso e que estabelece “padrões” a serem seguidos.

O outro grande problema é a codependência, a doença emocional que os familiares dos dependentes químicos, enfrentam. Ela pode ser fatal, causando morte por depressão, suicídio, assassinato, câncer e outros. Embora não haja nas certidões de óbito o termo codependência, muitas vezes ela é o agente desencadeante de doenças muito sérias.

Mas pode-se reverter este quadro, adotando-se comportamentos mais saudáveis. Os profissionais apontam que o primeiro passo em direção à mudança é tomar consciência e aceitar o problema. Quando descobrimos a existência de um usuário de drogas na família, é uma situação muito delicada, não há regras de como agir. A família deve ter claro que este é o momento de procurar ajuda, pois caso existam dificuldades de diálogo, se torna necessária a intervenção de um profissional capacitado para mediar esta relação.

O grande problema é que no mercado internacional as drogas de estupro estão voando entre continentes a uma velocidade alucinante.

Da mesma forma que estas drogas entram em países de 1º mundo elas entram no Brasil, pois o nosso país e o nosso Estado têm servido como rota para o tráfico internacional de drogas.

A grande verdade é que muitas pessoas tentam buscar a saída para seus problemas nas drogas. A grande questão é que perturba a atividade do sistema nervoso central, desregulando suas atividades normais, algumas deprimindo, outras estimulando.

Entretanto alguns tóxicos têm como efeito específico desorganizar o funcionamento normal de nosso cérebro, causando alucinações visuais ou auditivas, ou ainda perturbações psíquicas. Essas drogas são chamadas de alucinógenos. Entre eles, podemos destacar: cocaína, crack (estimulante), maconha, os cogumelos, o LSD (deprimentes).

As drogas não escolhem classe social, apesar de passar a ideia de que apenas a classe mais baixa é afetada, essa não é a realidade. Existem médicos, engenheiros, advogados, empresários, enfim… Vários profissionais de sucesso, vítimas desse sedutor de vidas: O vício das drogas!

Não é razoável, que o prazer de um momento, compense as consequências que podem durar a vida inteira.

É como diz Augusto Cury: “sábio é aquele que tem coragem de identificar as suas loucuras, procurando superá-las. Não esconde a sua irracionalidade, trata-a!”.

Diga não às drogas. Sempre!

Não é algo que vale a pena!!!

*Advogada, Juíza Arbitral, Mestre em Desenvolvimento Regional da Amazônia. Acesse dolanepatricia.com.br**Professor Universitário

Como está seu relacionamento? – Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Quando você entra no plano criativo do pensamento, você ascende sobre todas estas coisas, e torna-se cidadão de um outro reino”. (Wallace D. Wattles)

Um dos maiores problemas que entrava o sucesso das pessoas é sua dificuldade nos relacionamentos. Mesmo quando nos sentimos e nos pensamos abertos ao relacionamento, cometemos falhas muito primárias. Às vezes até mesmo na nossa ineficiência na má interpretação de lições elementares. No início da década de sessenta, o SESI, em São Paulo, encontrou dificuldades em implantar os treinamentos de relações humanas na indústria. E o motivo chegou a ser hilário. Quando se falava em relações humanas, os operários nos olhavam com desconfiança pensando que se tratava de relações sexuais. Isso pode parecer absurdo atualmente, mas é verdade. Fui testemunha ocular dos episódios. Cinquenta anos já se passaram e embora não se ignorando o sentido das relações humanas, ainda não a entendemos nem a valorizamos no que ela realmente é.

Existem estudos que nos dizem que de sessenta a noventa por cento de todos os fracassos atuais no mundo dos negócios, vêm do fracasso no uso das relações humanas. É nelas que aprendemos o que somos e o que os outros são. Porque só quando nos conhecemos, somos capazes de conhecer e respeitar os outros. Porque só nos respeitamos quando nos conhecemos. É quando aprendemos que somos o que pensamos, mas nem sempre somos o que pensamos que somos. Quando entendemos isso deixamos de ser arrogantes. Os despreparados quando assumem uma posição de destaque tornam-se arrogantes. A partir desse momento, para eles, todos os outros passam a ser inferiores a eles. E nem se tocam que quando consideramos alguém inferior a nós, estamos expondo nossa inferioridade. Você nunca vai ver uma pessoa superior e arrogante.

A liderança é indispensável ao sucesso no mundo profissional. E não há liderança sem relações humanas. Até mesmo quando o líder a usa sem a consciência de que está usando. Que é o que chamamos de um líder nato. As relações humanas levam-nos a proceder com as pessoas como queremos que elas procedam conosco. E só conseguimos isso permitindo que a autoestima de ambos os lados não seja abalada e permaneça intacta. Nossa superioridade só existe onde existe o respeito pela superioridade das outras pessoas, independentemente da posição de cada um. É quando aprendemos a respeitar o desígnio dos direitos humanos: “Somos todos iguais nas diferenças”. Nas relações humanas as diferenças, sejam quais forem, não fazem diferença. Pense nisso.

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