Opinião

Opiniao 03 05 2018 6127

Concurso público: a porta de entrada da estabilidade – Flamarion Portela*

Roraima passa por um momento histórico novamente no que diz respeito à realização de concursos públicos.

Desde 2003, quando era governador e realizei o chamado “Concursão”, que proporcionou o ingresso de quase 9 mil pessoas no serviço público, o Estado não era beneficiado com a realização de tantos concursos.

Após tantos anos sem concursos, a governadora Suely Campos vem se mostrando “o ponto fora da curva”. Nos três primeiros anos de governo já convocou mais de 1500 aprovados no concurso da Sesau (Secretaria Estadual de Saúde), realizado em 2013. Também foram convocados mais de 200 do concurso do Iteraima (Instituto de Terras de Roraima).

Desde o ano passado, vários órgãos públicos têm realizado ou lançado editais para a realização de certames para a efetivação de servidores. Até agora já foram realizados concursos na Aderr (43 vagas), Setrabes (73 vagas), Codesaima (143 vagas), Desenvolve-RR (17 vagas) e Iper (22 vagas).

Na semana passada, a governadora Suely Campos autorizou a realização de concurso público para a Polícia Militar, num total de 400 vagas. O Edital foi publicado esta semana. A última vez que a corporação realizou o certame foi em 2012, quando efetivou 300 policiais. Em 2014, foram chamados mais 300 aprovados no mesmo concurso e, em 2016, mais 76.

A área de Segurança ainda deverá ser beneficiada este ano com a realização de concursos para a Polícia Civil (330 vagas) e Agentes Penitenciários (300 vagas). Também e ainda será realizado o concurso para a Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (ALERR), com 33 vagas.

E, por que volto a usar este espaço para falar sobre concurso? Porque acredito e defendo que esse é o melhor caminho, legal, legítimo e constitucional de se ingressar no serviço público. É através dele que se entra “pela porta da frente” e onde o gestor público tem a oportunidade de escolher os melhores e mais capacitados para servir à população, que paga toda a conta.

É ingressando numa carreira no serviço público através de um concurso que o sonho da estabilidade pode ser realizado para muitas famílias, que passam a planejar suas vidas com a mais absoluta segurança.

E a realização de concurso público não beneficia apenas quem é aprovado. Ele movimenta toda a economia, já que desencadeia uma corrida para os estudos, sobretudo entre os jovens, que vão em busca de cursos preparatórios, adquirem livros ou pagam aulas particulares.

E, esse processo preparatório também se reflete em aumento da capacidade educacional da população, pois desperta o interesse pelos estudos e, consequentemente, torna os cidadãos mais capacitados para a vida. *Ex-governador de Roraima

Em volta do buraco, tudo é beira – Vera Sábio*

Ouvi esta frase de um humorista e pensei o quanto as frases podem ter vários sentidos e esta então é uma bem atípica: “em volta do buraco, tudo é beira”.

Não tem como olhar a realidade do Brasil, sem enxergar o quanto a crise é um imenso buraco, onde tudo em volta é beira escorregadia, com grande risco de queda e de uma queda fatal.

A esperança, por vezes chamada “Operação Lava Jato”, ainda não é vista por todos como algo que pode de uma forma honesta ir diminuindo o buraco sem fundo, da terrível corrupção, pela qual nos encontramos.

Assim, ainda que diante de alguns fanáticos, que teimam em continuarem cegos perante as evidências e provas, pouco a pouco a justiça como uma corda, vai retirando o Brasil deste imundo buraco. Graças a Deus!

A situação pela qual nos encontramos é bem mais séria do que muitos imaginam; pois somente retirar a pátria do buraco não irá devolver a dignidade do nosso país. É necessário conscientizar a respeito do quanto é melhor ser honesto, e isto precisa ser feito com muita garra, forças, mudanças e determinações para que este buraco seja fechado.

Afinal enquanto houver buraco, sempre existirá as beiras escorregadias e sutis; capazes de derrubar aqueles ambiciosos e iludidos, por verbas fáceis de levá-los ao buraco.

Nesta reflexão é notório o quanto precisamos modificar o sistema que nos rege; retirando o direito ao foro privilegiado, fazendo com que todos percebam que independente de quaisquer cargos que estejam; a justiça é para todos e quem for errado, deve ser punido com rigor.

Só aprende os caminhos certos, sem brechas, sem buracos, aquele que tem limites e direcionamento, afim de que não desvie o caminho pelas obscuridades e formas erradas de privilégios injustos.

Vamos nós, votantes e cidadãos de bem, fechar os buracos para que ninguém mais esteja na beira e sujeito aos desvios que faliram nosso país. Com isso o sol da justiça brilhará.

*Psicóloga, palestrante, servidora pública, escritora, esposa, mãe e cega com grande visão internaCRP: 20/04509www.enxergandocomosdedos.blogspot.com.br

Como obter – Afonso Rodrigues de Oliveira*

“É mais fácil obter o que se deseja, com um sorriso do que à ponta da espada”. (Shakespeare)

É característica comum do ser humano procurar obter as coisas através da força, da luta, da violência, da espada. É uma cultura. Na verdade, cara, se você prestar bem atenção vai ver que a coisa não é assim. Que a luta com a qual obtemos realmente o que queremos, não vem através da espada, mas do pensamento positivo. O extraordinário Nuno Cobra assegura isso com a frase: “Você não tem nenhuma doença, o problema é que você não tem saúde”. Saúde e doenças não estão só no corpo físico. A mente é mais carregada do que o físico, claro. Nuno Cobra e Linda Clark estão no mesmo nível de pensamentos. A Linda Clark também diz: “Se a ciência da medicina cuidasse mais da saúde dos pacientes do que da doença, não teríamos tantos doentes”. E só caminharemos por estas rotas quando aprendermos e entendermos que nada disso obteremos enquanto não dermos importância aos ensinamentos embutidos nos pensamentos dos que nos dizem, através dos pensamentos. E por isso estou repetindo alguns deles que são bás
icos para nossa cultura, independentemente de raça, cor ou o que quer que seja.

O médico carioca, Miguel Couto, também disse, já no início do século passado, que: “No Brasil só há um problema nacional: a educação do povo”. E é aí que a jiripoca pia. Todos acham a frase do Miguel Couto genial, mas nada se faz para combater o problema pela raiz. Enquanto não formos um povo educado e civilizado, não seremos um povo rico. Não teremos como combater com eficiência o mal da doença. E se não combatermos o mal não teremos o bem. E só combateremos o mal com o bem. Logo, é com o bem que devemos nos preocupar, e não com o mal. Você tem como passar esse recado para os responsáveis pelas notícias? Por que você tem que ficar, todos os dias, se martirizando diante dos telejornais, por exemplo, com notícias negativas e derrotistas? O mundo não está pior do que esteve milhares de anos atrás. A violência não está maior do que esteve durante os duzentos anos da inquisição católica.

A ditadura militar de 64 não foi mais cruel nem mais revoltante do que a ditadura Vargas. A história é cíclica. E a responsabilidade pela sua mudança é nossa e só nossa. Então vamos fazer nossa parte, fazendo o que devemos fazer sem nos preocuparmos com o passado que não nos interessa mais. Vamos cuidar da nossa Educação e da nossa Saúde através da nossa política. Somos nós, cidadãos, os responsáveis pela pantomima que está enojando nossa política. Faça sua parte. Pense nisso.

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