Opinião

Opiniao 04 05 2017 3988

Ética – Flamarion Portela *

O que é ética? Num conceito bem simples é ter vergonha na cara, significando respeito às pessoas, os valores, aos princípios da honorabilidade, à coisa pública. A ética não está relacionada apenas ao universo político. Ela está relacionada à família, à convivência, ao lugar em que moramos.

Já num conceito mais clássico, significa um conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. É originária do grego arcaico “ethos”, traduzindo a “morada do humano”, o lugar onde vivemos juntos e compartilhamos nossas vidas.

O pensamento ético busca julgar o comportamento humano, dizendo o que é certo e errado, justo e injusto. A busca pela ética se traduz pelas escolhas que o homem faz. As opções certas nos levam a um caminho de virtude, verdade e às relações justas.

Embora não mantenha relação direta com a lei propriamente dita, a ética é construída ao longo da história, galgada nos valores e princípios morais de determinada sociedade. Os códigos éticos visam proteger a sociedade das injustiças e do desrespeito em qualquer esfera social, seja no ambiente familiar ou profissional.

Atualmente, os preceitos éticos (ou a falta deles) estão cada vez mais em evidência, sobretudo no âmbito político, devido à grande crise por qual passa o Brasil, com o envolvimento da grande maioria das lideranças representativas da população em escândalos de corrupção.

Isso, de certa forma, reacendeu a discussão sobre o tema, fazendo com que as pessoas começassem a questionar mais os valores éticos no dia a dia. O brasileiro começou a questionar cada vez mais a ética em todas as situações, não só na política.

Até o famoso “jeitinho brasileiro” começou a ter uma conotação antiética, porque acaba sendo encarado como uma burla, um ato reprovável, já que fere as regras mais básicas do comportamento humano, que é o respeito à igualdade de direitos.

O simples fato de “furar” uma fila, pedir favores em seu benefício em detrimento de outrem, se aproveitar de uma situação, são atos que demonstram um comportamento antiético, pois foge dos preceitos morais do indivíduo.

Dito tudo isso, não podemos deixar de lamentar que congressistas inescrupulosos já venderam medidas provisórias e decretos legislativos, da forma mais ordinária possível. Não satisfeitos, armaram a maior roubalheira do dinheiro público já vista neste país. São tantos bilhões que enriqueceram esses canalhas e seus familiares que poderiam ser aplicados em construção de creches, centros de saúde, abrigos para idosos e abastecer os hospitais deste imenso Brasil. Cadê a ética?

*Deputado estadual e ex-governador de Roraima

ESQUADRAS DE GUERREIROS – Ranior Almeida Viana*Sexta passada, (28/04), como de costume estava no estádio da Vila Olímpica, onde desde o ano passado ocorre o Campeonato Roraimense de Futebol, busco ficar no centro da arquibancada que é uma forma de manter neutralidade, tomando mate gelado e na companhia dos amigos que estão em quase todas as rodadas o Emerson Oliveira e o Raulino Messias.

O primeiro jogo da noite terminou empatado em 2×2 e consequentemente a classificação do Tricolor da Mecejana (Atlético Roraima) e do Real (Associação Esportiva Real de São Luiz do Anauá) esse último que já foi Campeão Estadual em 2011, depois de alguns anos retorna à elite do futebol local. A equipe obteve uma significativa melhora na competição conseguindo se classificar para a semifinal do segundo turno que acontece amanhã, (05), às 20h50min contra o Mundão (São Raimundo), e em seguida, a primeira semifinal entre Baré x Atlético Roraima, marcada para as 19 h.

Antes de começar o segundo jogo, eu corroborava com amigos que me ladeavam ali na arquibancada que não torciam por nenhum time local, mas que tinha simpatia por um clube pelo simples fato da sede e CT serem vizinha à chácara da mãezinha (minha avó) e por outro clube onde joguei na categoria de base. Passado esse relato, o Raulino Messias cumprimenta o Presidente do Grêmio Atlético Sampaio que se aproximou e nos deu atenção da qual foi possível trocar ideias e tirar algumas dúvidas com o cartola a respeito do futebol local. Perceptível o amor do presidente do GAS pelo esporte em levar adiante o legado de seu avô, o seu Agenor Almeida o mesmo que fundou o clube em 11 de Junho de 1965.

Depois de falar do Real de São Luiz do Anauá a outra esquadra de Guerreiros a mencionar aqui é justamente a do Leão Dourado do Norte (GAS) comandada pelo técnico Rogério Vieira, que no segundo jogo daquela noite contra a equipe do Náutico que só conseguiu empatar no finalzinho do segundo tempo com um gol olímpico (e também na minha modesta opinião teve uns erros grosseiros de arbitragem). Quase que o GAS conseguia os primeiros três pontos na competição, mas conseguiu apenas o primeiro e único ponto na competição.

Despediram-se de maneira honrosa, afinal comparando com as fortes equipes foram muito bem devido o aspecto financeiro ser bem menor e os atletas jogarem contando apenas com o sonho de um dia chegar a uma grande equipe do futebol nacional. Fiz questão de no final da partida cumprimentar pelo empenho a comissão técnica e jogadores, acredito que se mantiverem a base poderão alçar voos maiores nos anos posteriores. Parabéns Real e GAS!   *Licenciado em Sociologia – UERR, Bacharelando em Ciências Sociais – [email protected]

Excelência no atendimento – Tom Coelho* “A maior habilidade de um líder é desenvolver qualidades extraordinárias em pessoas comuns.”(Abraham Lincoln) Há alguns meses eu retornava de um evento no interior de Minas Gerais, trafegando pela Rodovia Fernão Dias, quando repentinamente senti uma forte dor na região lombar.

Imediatamente parei o carro no acostamento, desci para me alongar, mas de nada adiantou. Pesquisei o hospital privado mais próximo e, com muita dificuldade, quinze minutos depois estava lá. Entreguei meu documento de identidade na recepção, pois sequer era possível aguardar qualquer procedimento.

Resumidamente, fiquei naquele hospital por sete horas recebendo um péssimo atendimento. Para exemplificar, somente cheguei a ser medicado quando literalmente caí no chão de dor. Após uma série de exames foi diagnosticado que o problema era um cálculo renal.

Consciente de que aquele local não seria adequado, em hipótese alguma, para uma eventual cirurgia, consegui ser medicado com uma dose de morfina que me permitiu pegar a estrada e retornar a São Paulo, onde me dirigi ao Hospital 9 de Julho. Lá, tudo mudou!

A qualidade do atendimento começou já na recepção, com profissionais respeitosas e sensíveis, que tiveram a preocupação de orientar e agilizar os procedimentos. Após a liberação do quarto, fui muito bem recebido pela técnica em enfermagem Nélia e pela enfermeira Priscila. Ao ser transferido para o centro cirúrgico, fui gentilmente conduzido pelo assistente de transporte Ednei. E a cirurgia foi conduzida com excelência pelo anestesista Cássio e pelo Dr. Flávio Areas.

Em um hospital encontrei pessoas que nitidamente vão trabalhar apenas, para garantir seu sustento ao final do mês. Gente preocupada em cumprir apenas o básico, em fazer o possível, à espera do horário para ir embora. No outro, pessoas que gostam e apreciam o que fazem interessadas em fazer o seu melhor, cientes de que um paciente, independentemente de sua condição, está ali por necessidade, motivo pelo qual procuram transmitir acolhimento e carinho para amenizar o desconforto.

Afinal, cabe aos líderes criarem um ambiente favorável para que seus colaboradores possam atuar de maneira assertiva, cumprindo com seu propósito pessoal. Isso envolve valores corporativos legítimos capazes de unir e alinhar a equipe, treinamento e capacitação regulares e autonomia para propor mudanças em busca da melhoria contínua.Deixo-lhe uma questão final: qual o padrão adotado pela empresa na qual você trabalha? *Educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de nove livros.

Bom dia – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Ao invés de reclamar quando o relógio despertar agradeça a Deus pela oportunidade de acordar mais um dia”. (Aristóteles Onassis)Não desperdice seu tempo com pensamentos negativos. Você já ouviu isso um zilhão de vezes. Mas não faz mal. É nas repetições que o ser humano aprende. E você pode estar desperdiçando tempo quando se esquece de dar bom-dia ao dia. É quando você se levanta da cama com a cara amarrada. Você não precisa ajoelhar-se a toda hora para agradecer a Deus por alguma coisa. Basta se sentir feliz. Faça isso quando se levantar pela manhã. Dê bom-dia ao dia. O simples fato de você estar se levantando já é uma vitória; e o importante é que você não a desperdice. Procure viver o dia como se ele fosse o último dia de sua vida, lembrando que ele é o primeiro dia do seu futuro.

Esteja atento a uma coisa: você é a única pessoa sobre a Terra com capacidade para fazer você se sentir feliz. Ninguém tem esse poder, além de você mesmo. Quando estiver arrancando as ervas daninha, no quintal, preste atenção ao que acontece ao seu lado. Porque se não prestar atenção não vai ver. E noventa por cento das pessoas não vê. E por isso, nem sempre são felizes. Elas não sabem que a sorte e a felicidade estão sempre ao seu lado. Elas não as veem porque estão ocupadas com as ervas. O que é que você prefere?

O amor é a coisa mais importante em nossas vidas. E o maior problema é que ainda não aprendemos a vivê-lo. Ainda não aprendemos que é amando que somos amados. Mas dê um tempinho e analise isso. Nossa felicidade está na nossa racionalidade, ou seja, no nosso grau de racionalidade. Mas estejamos onde estivermos, estamos no processo evolutivo. E isso faz com que nos sintamos responsáveis pelo nosso desenvolvimento. Pare de ficar olhando para as nuvens negras. “Aquele céu azul que vedes não é céu nem é azul”. A beleza dele está na sua capacidade de ver o belo. Veja-o em você.

Como é que você se sente quando se depara com um cachorro morador de rua? Você sorri pra ele ou sente vontade de cuspir nele? Ali ao lado do Fórum João Mendes, em Sampa, há um cachorro morador de rua que fica o dia todo dormindo debaixo da árvore. Sempre que passo por ele cumprimento-o e ele fica me olhando de soslaio. Dia desses, aproximei-me dele e o cumprimentei. Ele levantou-se, me deu as costas e deitou-se novamente, olhando para o outro lado da rua. Que será que àquele cara pensa de mim? Mas, senti falta dele agora.

Será que aquele cachorro e eu já fomos inimigos em outra era? Acho que não, porque gosto dele pra dedéu, mesmo ele me odiando. Ou será que você acha que sou maluco? Pense nisso.*[email protected]