Opinião

Opiniao 09 08 2017 4548

Quebrando o silêncio – Dolane Patrícia*Quebrando o Silêncio é um projeto educativo e de prevenção contra o abuso e a violência doméstica, promovido anualmente pela Igreja Adventista do Sétimo Dia em oito países da América do Sul (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai) desde o ano de 2002.

Todos os anos ocorre a Campanha Quebrando o Silêncio e em diversas localidades são organizadas passeatas, carreatas, corridas e outras atividades envolvendo as comunidades locais.

“O combate à violência sexual contra crianças e adolescentes exige constante mobilização da sociedade. A imprensa exerce um papel fundamental nesse contexto, ao denunciar casos de violação de direitos e alertar a população sobre o problema e cobrar o posicionamento das autoridades”.

Quebrando o Silêncio é um projeto com um alcance muito grande em todo o Estado onde escolas, igrejas e órgãos públicos têm apoiado e já manifestaram o desejo de participar do evento.

Uma das piores formas de violência é a pedofilia. Dados apresentados pelo deputado Luiz Eduardo Greenalgh (PT) à Embaixada norte-americana, em Brasília, dão conta que 76% dos pedófilos do mundo estão no Brasil. De acordo com essa informação, a líder da campanha Quebrando o Silêncio para o Mato Grosso comenta:

“Esses dados são assustadores, todos devem tomar precauções necessárias para amenizar a problemática. Essa campanha vem alertar e conscientizar a sociedade destes riscos que envolvem crianças e adolescentes. Os pais também devem estar atentos e tomarem as precauções necessárias para que seu filho não seja vítima deste mal”.

O conceito psiquiátrico de pedofilia diz respeito ao transtorno comportamental de indivíduos que sentem atração sexual por crianças. “O pedófilo é aquele que preferencialmente tem a sua libido exacerbada com a presença da criança e, principalmente, crianças muito pequenas”, explica o psiquiatra José Raimundo Lippi, presidente da Associação Brasileira de Prevenção e Tratamento das Ofensas Sexuais e coordenador do Ambulatório Especial para Acolhimento e Tratamento de Famílias Incestuosas (Amefi), do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais.

Ao chamar de pedofilia qualquer ofensa sexual contra a criança, somos levados a ignorar o fato de que nem todo abusador sexual é um pedófilo, como explica a representante do Conselho Federal de Psicologia no Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Maria Luiza Moura Oliveira: “Algumas dessas pessoas podem ter realmente uma compulsão por sexo com crianças, mas outras se aproveitam de situações em que as crianças ficam mais expostas e vulneráveis para obter prazer sexual”.

O site Âmbito jurídico aduz que “a pedofilia pode ser identificada através do seu conceito clínico, identificando o pedófilo como uma pessoa doente e que precisa de acompanhamento médico. Por outro lado, no sentido mais usual, a referida nomenclatura tem se aplicado para todos os casos que envolvem a relação sexual, direta ou não, entre um adulto e uma criança. As formas de ação do agente pedófilo sob este aspecto são muito flexíveis, podendo ser desde a simples interação por meio de salas de conversação em sites na internet até à relação forçada pela violência física”.

As vítimas nesses crimes são crianças e adolescentes, e os mesmos, na maior parte das vezes, não possuem capacidade de reagir aos atos dos abusadores. Em razão disso, passaram a existir fortes movimentos no sentido de fortalecer a proteção à criança.

Todos os dias a mídia apresenta um quadro de violência assustador. Crianças, mulheres e idosos são as principais vítimas. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a violência responde por aproximadamente 7% de todas as mortes de mulheres entre 15 e 44 anos no mundo. Em alguns países, até 69% das mulheres relatam terem sido agredidas fisicamente e até 47% declaram que sua primeira relação sexual foi forçada. Por isso, o projeto tem como objetivo prevenir e combater a violência contra crianças, mulheres e idosos, além de orientar as vítimas na busca de ajuda dos órgãos competentes, quebrando assim o ciclo de violência.

A violência doméstica é nutrida pela ignorância. Assim, para combater esse mal é preciso trazê-lo a público, examiná-lo e dar a solução necessária. Os cidadãos em geral devem se tornar parte dessa solução e o primeiro passo é a prevenção, procurando alcançar todas as faixas etárias.

A cada ano um tema é escolhido para ser discutido e abordado com propósito de conscientizar a comunidade, denunciar abusadores e ajudar as vítimas. O tema de 2017 é contra a violência sexual.

Não fique com seu grito sufocado, denuncie, seja você criança, adolescente, jovem ou idoso, procure ajuda, fale para o professor ou aquela pessoa que você confia, mas não sofra mais em silêncio!

*Advogada e juíza arbitralFacebook: DraDolane Patricia e Dolane Patrícia II. Instagram: Dradolane_patricia. WhatsApp: 9111-3740 Email: [email protected]: Dolane Patrícia RR.  Acesse dolanepatricia.com.br

É simples – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Quando a frase é simples e pura, através dela penetra direitamente a inteligência ao encontro do pensamento escrito.” (Rui Barbosa)Talvez, ainda não conseguimos entender a Educação por ela ser muito simples. E quanto mais distante dela, mais complicados nos tornamos. A simplicidade no escrever é um sinal de que se está tentando simplificar para que possam nos entender. Procure ler bastante, mas sem a euforia de se tornar um intelectual. E tudo está no que entendemos como educação. Simples pra dedéu. Parece que o brasileiro começa a se preocupar com a Educação. Só que estamos confundindo alho com bugalho.

Ontem assistimos a um programa televisivo onde alunos falavam sobre o problema da Educação no Brasil. Só que, logo o assunto desviou-se para problemas elementares como a discriminação e coisas tais. Gente, preconceito, discriminação e outros não é educação, mas falta de educação. E você nunca vai eliminar um problema se preocupando com ele. A única maneira de acabarmos com a falta de educação, é fortalecendo a Educação. Nada mais simples. Chega de blá-blá-blá.

Se quisermos melhorar, ou criar, a Educação no Brasil devemos iniciar um trabalho que está no baú da ignorância, há séculos. Temos muito pra fazer. E não o faremos enquanto ficarmos perdendo tempo com lorotas. Alguns anos atrás, ouvimos, num debate político, aqui em Boa Vista, um ex-governador candidato a governador dizer, respondendo à minha pergunta: “Eu trago essas garotas do sertão do Nordeste para ensinar, porque para ensinar a essas crianças do interior, o professor basta saber ler e escrever.” E o candidato foi eleito governador. E o que esperamos para salvar nossa Educação com políticos pensando assim?

Infelizmente ainda vivemos uma administração pública com pensamentos raquíticos em relação à Educação. Ainda pensam que resolveremos os problemas da Educação com reformas de escolas e professores nem sempre à altura da função. E não se aborreça comigo, porque o problema não é roraimense, mas brasileiro. E não adianta tentarmos esconder o desastre por detrás de cortinas transparentes. Vamos encarar a Educação como um problema sério que deve ser levado em consideração, senão não teremos uma solução para um problema que vem sendo alimentado pela incompetência da administração pública, há séculos.

Vamos fazer nossa parte como ela deve ser feita. Não nos esqueçamos de que a educação nasce no berço. É na família que devemos educar os filhos para as escolas. E para isso é preciso que nos eduquemos. E você nunca vai educar seu filho com palmadas, gritos e palavrões. Faça sua parte. Pense nisso.

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