Opinião

Opiniao 16 06 2017 4223

Alma: a consciência dos outros animais – Sebastião Pereira do Nascimento*Considerando o que diz Irvênia Prada de que “não importa só considerarmos o termo “alma” em seu sentido religioso, pois isso deve ficar a critério de cada pessoa, segundo suas convicções”.

Com essa afirmação, quando eu digo que todos os animais são dotados de “alma”, estou considerando que todos os animais são possuidores de mente consciente que, embora com dificuldade de conceituação, podemos chamar também de pensamento, raciocínio, inteligência, cognição, consciência, etc. Portanto, a forma de como coletivamente respondemos a estas questões da “alma” depende da forma de como cada um, individualmente, responde.

Assim, se por um lado não podemos negar a existência da “alma”, ou seja, da psique, nos animais não humanos, por outro lado é demasiado pensar também que esses animais possam ter uma capacidade racional equivalente ao ser humano adulto normal, pois é inegável a diferença que existe entre o comportamento humano e os outros animais.

Também é comum ouvir as pessoas dizerem que os animais não humanos são irracionais ou que agem somente por instinto. Além disso, as pessoas mais especistas chegam até mesmo a duvidar ou a negar que os animais tenham qualquer nível de consciência. Mas, a toda prova, devemos admitir que o princípio moral da consideração igual de interesses se aplica aos outros animais como se aplica aos humanos.

Por exemplo, os animais não humanos têm uma estrutura imperfeita para servir o perfeito, ou irracional para servir o racional. Isso pode ser atribuído também aos humanos, que necessitam das coisas “inferiores” a eles para seus benefícios. Do mesmo modo os outros animais também necessitam de comer plantas e animais para ter vida e vigor.

Em muitos casos, por essa atitude humana, lamentamos que o homem seja assim; o que parece ser próprio da insensatez humana ou mesmo de algum resquício do tempo da caverna. No caso dos outros animais, embora eles cometam algum tipo de selvageria, mas não faz sentido responsabilizar moralmente ou culpabilizar esses animais por aquilo que eles fazem.

Isso porque, o animal “selvagem” não estabeleceu entre seus pares nenhum ajuste de conduta moral para agir dessa forma. Para ele, a tentativa de dominação e morte não causa tanto terror como causa no ser humano. Pois, o humano tem em vista suas acepções morais e filosóficas que, em determinadas circunstâncias, poderão levá-los a sofrer mais do que os outros animais nas mesmas circunstâncias.

Em relação à “alma” dos animais silvestres ou domesticados, da mesma forma que os humanos são capazes de exigir determinadas coisas ou de protestar contra condição de vida, através de vários meios de manifestações, os outros animis também possuem capacidade de apresentarem manifestações de acordo com suas disposições de entendimento. Pois, já sabemos que eles também são capazes de sentir sentimentos, emoções, estresses, sofrimentos físicos e psicológicos.

Aqui é salutar dizer que essas formas de reações só podem ser vivenciadas à luz de uma mente consciente e que, o instinto como a maioria das pessoas pensa que é não passa de um impulso interior executado por todos os animais, incluindo o homem.

No caso dos animais domesticados, eles aparentam serem ainda mais sensíveis na presença de algumas dessas perturbações, pois possuem uma forte necessidade de se identificar com quem “toma conta” deles. No entanto, estas perturbações não apontam para um maior sofrimento por parte do ser humano. Por vezes, os animais podem sofrer mais devido à compreensão limitada que eles têm da questão moral do homem.

Apesar disso, em muitas espécies animais os seus sentidos (acuidade visual, audição, tato, entre outros), são muito mais desenvolvidos do que imaginamos. Além disso, alguns elementos emocionais são por demais evidentes, sobretudo quando os animais se expressam sob a forma de medo e ira, principalmente contra as agressões ou o excesso de afeições postas pelos humanos.

Do mais, a simples atitude humana de se colocar superior a outros animais, também é sentida por eles como uma forma de agressão, onde o animal tenta uma reação de defesa, o que muitas vezes é desprezada pelo homem. E o pior é que essas agressões são mais provocadas por aqueles que dizem “amar os animais” que, no geral, são os mesmos que dizem que os animais não humanos são inferiores ou irracionais. Então perguntamos: até quando os humanos terão o poder de continuar oprimindo as outras espécies animais em favor de seus interesses mais insignificantes?*Filósofo [email protected]

As veredas da transformação – Afonso Rodrigues de Oliveira*“A vida transforma-se numa aventura extraordinariamente interessante, se você aprender como tirar seus prazeres do mundo ao alcance imediato de seus cinco sentidos.” (John Schindler)Fique atento aos poderes dos seus cinco sentidos. Não permita que eles se esvaiam na euforia dos prazeres. Viva sua vida com simplicidade. Viva cada momento do seu dia, com alegria. Nada justifica a perda de tempo com coisas, assuntos e acontecimentos desagradáveis. É verdade que você não pode evitá-los, mas não deve, em hipótese nenhuma, deixar-se influenciar pelo negativismo. Então vamos jogá-lo pra escanteio. Vamos mudar a prosa.

Uma das coisas mais importantes, por ser talvez a mais simples, é o amor ao trabalho. Ame o que você faz, não importa o que seja. Você tem o poder de transformar seu ambiente de trabalho num ambiente alegre e prazeroso. Ame as pessoas à sua volta. Não se deixe influenciar pelas diferenças. Elas fazem parte da evolução humana. O mundo seria sem graça se fossemos todos exatamente iguais. Não aprenderíamos a viver se não existissem os problemas.

Não se apavore quando seu filhinho começar a cair, quando ele estiver começando a caminhar. É nos tombos que ele vai aprender a se levantar e seguir em frente. Sorria sempre diante dos problemas. Você nunca vai eliminá-los enquanto continuar a alimentá-los. Quando algo estiver irritando você, mande-o às favas. Sorria sempre diante das dificuldades. Procure ser superior a qualquer dificuldade, porque você é superior e tem todo o poder de que necessita para ser feliz.

Quando a adversidade lhe parecer derrota, transforme-a em vitória. Não permita que ela, a adversidade, faça de você um farrapo humano. Seja sempre simpático e acolhedor, ou acolhedora, elogie sempre. Mas seja sincero e elegante no elogio. Porque é esse comportamento que vai mostrar aos outros, o que você realmente é. Converse muito, mas não se esqueça que o bom conversador é o que ouve mais e fala menos. É nas conversas que aprendemos, analisando o que ouvimos e não o que dizemos.

Não discuta nem questione numa conversa. Dê mais valor ao seu interlocutor. Se houver diferença nos níveis intelectuais, é na tolerância respeitosa que você vai provar que somos realmente iguais nas diferenças. Torne todos os seus momentos num sucesso. E o sucesso está na sua felicidade. Quando somos capazes de transmitir nossa felicidade estamos fazendo nossa parte no desenvolvimento da humanidade. Simples pra dedéu. Mude sempre. Confúcio já nos alertou: “Somente os extremamente sábios e os extremamente estúpidos é que não mudam.” Pense nisso.*[email protected]