Opinião

Opiniao 20 04 2018 6050

Brasília: uma conquista do povo brasileiro

Brasilmar do Nascimento Araújo*

A construção da capital da República Federativa do Brasil, para a parte central do país, já era idealizada, desde 1761, pelo Marquês de Pombal (1699-1782), então primeiro-ministro de Portugal, o Brasil sob a luz do domínio português (1500-1822). Em 24 de fevereiro de 1891, quando foi promulgada a primeira Constituição do Brasil no sistema Republicano, no Rio de Janeiro, à época, capital do Brasil. Ficou estabelecido que seria demarcada, no Planalto Central do Brasil, uma área de 14.000 mil km², para a construção da futura capital do país. Como também fazia parte das Constituições de 1934 e 1946 a sua edificação dentro da mesma localização. Escreveu em seus artigos, em 1813, o jornalista Hipólito José da Costa (1774-1823), do Correio Braziliense, editado em Londres, em defesa da interiorização da capital do país, para uma área, “próxima às vertentes dos caudalosos rios que se dirigem para norte, sul e nordeste”.

Em 1892, no governo do presidente Floriano Peixoto (1839-1895), é constituída a Comissão Cruls, liderada pelo astrônomo Luiz Cruls (1848-1908), “O homem que demarcou o lugar”. Tinha por objetivo demarcar a área onde seria construída a capital da República. Partiu do Rio de Janeiro, em 1892. Depois de meses de viagem a cavalo, a Comissão chega à cidade de Santa Luzia, em Goiás. Hoje, Luziânia (GO), cidade do entorno de Brasília. Em suas imediações, a Comissão fez levantamentos geográficos, geológicos, climáticos, botânicos e apresentou relatório indicando a área adequada para a instalação da capital do Brasil, no interior do estado de Goiás. Ficou conhecido como Quadrilátero Cruls, com 14.400 mil km². Logo constando no mapa do Brasil, Distrito Federal. Ena profecia de 1883, do sacerdote italiano João Melchior Bosco (1815-1888), que ficou conhecido como Dom Bosco, que entre os paralelos 15 e 20, do Hemisfério Sul, surgiria a Terra da Promissão de riqueza inconcebível. E Brasília foi construída na referida área demarcada. Inicio das obras: 1956 e concluída no governo do presidente Juscelino Kubitschek que compreendeu de 1955 a 1961.

Juscelino Kubitschek de Oliveira (1902/1976), de sua pacata Diamantina (MG), onde nasceu à consagração pelo sufrágio das urnas quando foi eleito o 21° Presidente do Brasil, em 3 de outubro de 1955. Após assumir a Presidência da República, JK, como ficou conhecido traçou um ambicioso projeto de desenvolvimento para o Brasil, com o slogan “Cinquenta Anos em Cinco”, o Plano de Metas (31 Metas). Nele, tinha como principal objetivo o desenvolvimento econômico do Brasil: energia, transporte, educação, implantação da indústria automobilística e a construção de Brasília concluída em seu governo. E o presidente formou uma equipe de colaboradores para construir a futura capital do Brasil, no descampado do Cerrado do Planalto Central brasileiro: homens que pensavam o Brasil com elevado espírito patriótico, entre eles: o arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012) “O escultor de espaços”; o paisagista Burle Max (1909-1994) “O poeta dos jardins”; o urbanista Lúcio Costa (1902-1998) “O homem que inventou Brasília”; o administrador Israel Pinheiro (1896-1973) “O homem que dirigiu a construção de Brasília”; o engenheiro Bernardo Sayão (1901-1959) “O desbravador” e o engenheiro civil Joaquim Cardozo (1897-1978) “O homem que calculava”. Juscelino contou também com a maciça participação de trabalhadores vindos de todas as partes do país, que ficaram conhecidos como Candangos.

O conjunto arquitetônico da cidade de Brasília, inaugurada em 21 de Abril de 1960, impressiona a todos pela sua beleza singular. Dois renomados franceses assim definiram a capital brasileira: o arquiteto Le Corbusier (1887-1965), em visita a Brasília, a época, em construção, foi categórico: “Oscar (Niemayer), aqui tem invenção”. E completou o escritor André Malraux (1901-1976): “O elemento arquitetural mais importante desde as colunas gregas são as colunas do Palácio do Planalto”: referências aos traços da arquitetura imprimida nos voos estruturais e nas curvas livres projetadas nas obras do genial arquiteto brasileiro Oscar Niemayer, na construção de Brasília. Sobretudo, nas colunas inigualáveis da Catedral Metropolitana, em formato circunflexo; nos pilares dispostos enfileirados do Palácio do Itamaraty das Relações Exteriores e nas imponentes construções que compõem a Praça dos Três Poderes: Supremo Tribunal Federal (STF), Palácio do Planalto (Executivo) e o Congresso Nacional (Senado Federal e Câmara dos Deputados). É Brasília, a capital de todos os brasileiros do maior país da América do Sul. É Brasília, Patrimônio Cultural da Humanidade, título concedido em 1987, pela UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, por ser um marco da Arquitetura e Urbanismo moderno!

*Articulista e Poeta, E-mail: [email protected]

 

É bom abrir os olhos

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Quem não tem sonhos vive agarrado ao presente”. (Márcio Moreira Alves)

Sente aí. Não, aí é melhor… isso. Vamos bater um papo pé de orelha. Uma das maiores dificuldades do mundo é você tentar orientar quem não lhe pede orientação. E você não me pediu orientação nem coisa nenhuma. Mas a verdade é que você está precisando de uma conversinha com o sapo da encruzilhada. Ele não é eu, mas eu sou ele.

A Louise Hay também tem uma frase que nos orienta quando queremos ser orientados: “O ontem é passado, o amanhã é um mistério e o hoje é uma dádiva que chamamos de presente”. Então vivamos o presente. Mas sem nos esquecermos de que o que vivemos no presente deve ser preparativo para o amanhã. Só assim viveremos o amanhã como um presente. O que é que você deseja e quer para seu amanhã? Se você realmente sonha com o que quer, não perca seu tempo com dúvidas, pressentimentos nem pessimismo. Veja o que você realmente quer, defina o que quer e vá à luta. E de preferência sem competir. Faça o melhor que você puder fazer no campo da criatividade. Os dias passam e com eles o tempo. E você vai ficando, na doce ilusão de que está passando.

Você não é diferente de nenhum out
ro ser humano. Como qualquer outro, você não foi feito nesta terra, nem de barro, nem qualquer outro material. Você chegou aqui como qualquer um de nós. E é daqui que vamos sair; cada um no seu tempo. E esse tempo depende de cada um. Os que vivem mais têm mais chances de um retorno mais rápido. E viver mais não significa estar mais tempo por aqui. Significa viver a vida como ela deve ser vivida para nosso progresso a regresso. O que nos dá a responsabilidade de dirigir nossas vidas de acordo com nosso grau de evolutivo. Ficou complicado? Então vamos debulhar.

O que é que você quer da e na vida? Você tem, dentro de você, o poder para alcançar tudo o que você quer como você quer. É só acreditar nisso. E o mais difícil é acreditar, quando nos deixamos guiar pelos que nos dirigem pensando que estão nos orientando. Nunca, em momento nenhum, esqueça de que “O reino de Deus está dentro de você”. Porque se você não acreditar nisso, nunca alcançará o que deseja, sem nem mesmo saber se realmente quer. Quando queremos conseguimos. Porque quando queremos sabemos querer. E quando sabemos, vencemos. Acredite em você e você será capaz. Mude o tempo dos verbos. Nunca os use no negativo. Diga sempre o que você quer ter e não o que você gostaria de ter. Essa é a diferença que faz a diferença. Quando queremos realmente o que queremos não alimentamos dúvidas em conseguir. Pense nisso.

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