Opinião

Opiniao 21 04 2017 3935

A aproximação traz nova visão – Vera Sábio*É preciso confiar para conhecer o próximo, mesmo que este não seja tão próximo assim. Todavia se não dermos oportunidade para uma aproximação isto jamais será possível.

Ao observar o outro, estando distante dele, generalizamos suas capacidades, colocando na mesma saca espíritos e personalidades presentes em características superficiais um tanto parecidas, pois de perto ninguém é igual.

Ultimamente estou junto com algumas pessoas, fazendo um quadro à noite, duas vezes por semana, em uma rádio local. O quadro se chama “A aproximação traz nova visão”.

Este quadro tem o propósito primordial de mostrar a sociedade o quanto existe de limitações, de aceitações, de superações e como é o jeito peculiar de cada um ultrapassar seus limites, que são muito mais imposto por falta de acessibilidade e sensibilidade estrutural e social, do que pela própria deficiência, características estas intrínsecas de grande parte da população.

Antes mesmo de ensinar pessoas que não possuam deficiências aparentes a se aproximarem de pessoas cegas, surdas, deficientes físicos e intelectuais, o quadro serve para eu mesma enxergar o quanto, até sem perceber e sem querer, ainda julgo o que o outro é ou não é capaz de fazer, medindo o outro com minha própria régua. Será que isso também não acontece com vocês?

Realmente só teremos pessoas com maior empatia pelos diferentes, a partir de uma nova visão, da convivência, da aceitação que o outro consegue fazer do seu jeito, coisas que pensamos serem realizadas apenas como fazem.

Assim, sejas capaz de sair dos conceitos acadêmicos, da pura teoria para a prática; não que a teoria seja insignificante, já que ela é confirmada com a prática, porém as distinções são infinitas.

Fazendo de cada um, antes de qualquer deficiência e de qualquer característica, um ser humano, um indivíduo único e intransferível. Podendo cada pessoa ter sua própria experiência que precisa ser valorizada e só da para ser observada a partir da aproximação.

A aproximação traz uma nova visão riquíssima e possível de transformar o mundo.*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e [email protected](95) 991687731

Brasil, um país do futuro? – Marx Beltrão*O Brasil cansou de ser o país do futuro. Não adianta termos um potencial se não conseguimos traduzi-los em benefícios reais para a população, em emprego e renda. Apesar de todos os nossos atrativos, o Brasil recebe menos de 0,6% dos turistas do mundo e fatura apenas 0,4% do valor global.

O turismo reúne excelentes condições para ajudar o Brasil a enfrentar a crise. Esta certeza é fundamentada em fatos. Enquanto a economia mundial cresceu apenas 2,4% em 2016, o setor avançou quase o dobro (4%). Graças ao turismo, a Grécia e a Espanha evitaram o colapso completo.

Desde que assumi o Ministério do Turismo, conversei com empresários, presidentes de entidades representativas de classe, gestores públicos, especialistas e lideranças mundiais do setor. Tive acesso a uma gama imensa de estudos e relatórios que indicam o caminho.

Elaboramos o Brasil + Turismo, um pacote de medidas em defesa do setor. Na primeira fase, ele vai intensificar a promoção internacional e permitir a abertura completa das empresas de transporte aérea ao capital estrangeiro para aumentar a conectividade no País.

Ainda somos um país fechado. Num ranking de 136 nações, estamos na 96ª posição no item abertura internacional. Para atacar este gargalo, vamos implantar o visto eletrônico para países estratégicos. Até o fim do ano, turistas dos EUA, Canadá, Japão e Austrália conseguirão a autorização de entrada, pela internet, em até 48 horas.

Estudo realizado pela Organização Mundial de Turismo e pelo Conselho Mundial de Viagem e Turismo (WTTC) concluiu que políticas de facilitação de vistos proporcionaram um aumento de até 25% no fluxo turístico.

Na Copa do Mundo e Olimpíada, quando o Brasil realizou duas experiências nesse sentido, registramos faturamento recorde. Estimamos que a facilitação de vistos possa injetar até R$ 1,4 bilhão na economia nacional em dois anos.

Outra vantagem comparativa que passa a ser melhor aproveitada com o pacote Brasil + Turismo é o nosso litoral. Apesar de termos uma orla com 7,5 mil quilômetros, há uma série de restrições para o desenvolvimento de atividades turísticas nessas áreas. O MTur e o Ministério do Planejamento formalizaram uma parceria que prevê a cessão de áreas turísticas e a criação ou regularização de empreendimentos privados nesses locais.

Para melhorar a experiência do turista nos destinos nacionais, vamos trabalhar ainda na qualificação de profissionais que trabalham na linha de frente do atendimento aos visitantes em atrativos turísticos de Roraima, por exemplo.

Por último, mas, não menos importante estruturamos cinco medidas de gestão: a modernização da Lei Geral do Turismo; a atualização do Mapa do Turismo Brasileiro; a fiscalização do transporte turístico; a simplificação dos impostos para os Parques Temáticos; e o direcionamento de recursos para os órgãos estaduais de turismo.

As iniciativas vêm consertar uma miopia histórica que o Governo brasileiro teve em relação ao turismo. Um importante passo para fazermos o futuro chegar para o Brasil.*Ministro do Turismo, e deputado licenciado pelo PMDB-AL

O veneno da mentira e a educação – Percival Puggina*”Um país se faz com homens e livros”, ensinou Monteiro Lobato ao Brasil de seu tempo, de maioria analfabeta. Por via de consequência, podemos afirmar que a construção de um país passa, também, por professores e livros didáticos. Estas verdades acacianas foram entendidas pelos totalitarismos, que sempre usaram o sistema de ensino para a indigna tarefa de moldar gerações segundo os devaneios de seus dirigentes políticos.

E a missão prossegue mesmo em regimes de feição democrática, mediante infiltração, para idêntico fim, de modo militante, nas mentes dos homens e na alma dos livros.

Não é só a escola, portanto, que deve ser sem partido. Também ao material didático impõe-se essa condição. Contam-se às dezenas de milhões os livros que os governos de esquerda e centro-esquerda enviaram às escolas para transmitir aos estudantes brasileiros visões distorcidas da política, da economia, da história, da vida social, do cristianismo e da Igreja Católica.

Mas não é só por livros didáticos e professores militantes que o veneno da mentira e da ocultação da verdade a serviço da causa se infiltra no meio estudantil. Tal prática parece correr solta, também, em sites com conteúdos escolares. É o de que me adverte um leitor, diante de matéria no portal “Brasil Escola”. No meio de um texto que descreve a situação da Alemanha no período entre as duas grandes guerras e o surgimento do nazismo, o autor do permitiu instalar este “jaboti”:

“Em 1917, a Rússia, comandada pelo socialista Lênin, derrubou o governo do Czar Nicolau II e instaurou uma nova forma de governo democrático: o comunismo”.

Se você enxerta uma opinião pessoal em meio a um relato histórico neutro, você amplia a credibilidade da propaganda  que faz. Mutretas como essa saltam de livros didáticos, sites de educação, polígrafos, provas escolares, exames do ENEM, mostrando que Escola sem Partido é uma imposição da realidade. Para dizer como os “companheiros”: é preciso problematizar essa falta de escrúpulos e de limites. O país não pode ficar refém do atraso e da perfídia de deseducadores.*Membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no País

Passou, passou – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Hoje é o primeiro dia do meu futuro”. (Lya Luft)Lembre-se disso sempre que você acordar pela manhã. Tudo que você tiver que fazer para o seu futuro, faça hoje. O que você aprendeu no que fez ontem deve ser usado no que você vai fazer hoje. É assim que dirigimos o barco da vida. O que passou, passou. Do passado vem apenas o aprendizado. É com os erros que aprendemos a acertar. O importante é que não nos deixemos quedar com os erros. Eles fazem parte da vida. Somos seres em evolução, sempre. Quando atingirmos a perfeição, deixaremos de ser seres. Mas vamos aproveitar cada momento de nossas vidas para sermos felizes.

Desligue-se do passado. Mantenha no seu baú apenas o que lhe trouxe felicidade no passado. Mas mantenha isso apenas na sua mente. Procure viver o dia de hoje como seu primeiro dia do futuro. Faça o melhor que você puder fazer para garantir um dia melhor amanhã, como o início do seu futuro. É assim que aprendemos a segurar o timão. São as ondas revoltas que exigem firmeza no timoneiro. E você é o timoneiro no barco da sua vida. E tudo vai depender da sua postura quanto ao rumo tomado.

Conhece a “história” do cabo Sivirino?  (É assim mesmo: Sivirino). E como já falei dela várias vezes por aqui vamos deixar pra lá. Porque o mais importante é saber com quem está a razão, se com o cabo ou com o comandante. E tudo vai depender de como cada um encara o mesmo problema. No caso do Sivirino era o cabo que estava certo. O que indica que não importa a posição em que você esteja desde que você saiba que rumo tomar quando a luz está à frente.

Comece seu dia, hoje, como se ele fosse o primeiro dia do seu futuro. Não importa sua posição profissional, social. O que importa é o que você é. E você é sempre o melhor, ou a melhor, no que você faz desde que saiba fazer. Não perca seu tempo com o que não lhe traga bom proveito para seu futuro. Comece seu futuro hoje. Faça o que tem que fazer da melhor maneira que puder fazer. E você sempre pode fazer o melhor, independentemente do melhor que você já fez de melhor. A perfeição é inatingível.

E lembre-se sempre do pensamento do Miguel Ângelo: “Na arte as insignificâncias causam a perfeição, e a perfeição não é uma insignificância”. Busque sempre a perfeição no que você faz. Mas não esqueça de que nunca vai atingi-la. Mas é nessa caminhada que você vai atingir o grau da imunização racional. E é na imunização que nos tornamos a energia superior ao ser. Mas vamos encarar a vida como ela é. E nós somos a vida que queremos viver. Vamos mudar melhorando o que somos, para sermos. Pense nisso.*[email protected]