Opinião

Opiniao 21 08 2017 4621

O que faz o professor? – Prof. Dr. Pedro Augusto Hercks Menin* Professor… Educador… Mestre. Palavras que remetem a um profissional da Educação. Todos acharam que sabemos suficientemente sobre esse ser humano. Mas será que sabemos, mesmo?

O que fazem esses profissionais? Não parece tão óbvio dizer que “eles ensinam, ué!” – até porque, isso muitas vezes, simplesmente, não acontece. Eles não podem garantir sempre que os seres do outro lado aprendam, por maior que seja o esforço de ambas as partes. Mas ensinar parece ser o seu ofício. Ensinar significa deixar marcas e, portanto, em alguma medida, transformar.

Aquela criança, aquele jovem, aquele adulto, todos eles chegam diante do professor e, algum tempo depois saem transformados. Isso, quando realmente ocorre a aprendizagem. Quando esta acontece, o aluno torna-se uma pessoa melhor, mais preparada para enfrentar o mundo, porque aprender é também apreender, conquistar algo que agora é possuído. Você possui tudo o que aprendeu!

Costumo dizer aos meus alunos que se realmente existir o que tantas religiões pregam sobre a vida continuar após a morte (e eu também acredito que de algum modo continua…), é mentira dizer que nada levamos deste mundo. Porque levaremos, sim, deste mundo, tudo aquilo que realmente aprendemos!

Eis porque o professor é um profissional tão fundamental para a humanidade! Ele, tal a mãe que amamenta seu filho, alimenta seus alunos com o conhecimento, único alimento que realmente transforma, fortalece, faz crescer para a vida, e cujo resultado o aluno levará para onde quer que seja.

É uma profissão tão desvalorizada e, ao mesmo tempo, tão importante, não é mesmo? Orgulhem-se, mestres! Orgulhem-se do seu ofício, do seu esforço, da sua importante cota de participação para tentar transformar o mundo em um lugar melhor!

Mas agora vou falar o grande segredo da profissão. Um segredo que muitos professores, por vezes se aposenta sem saber diretamente ou conhecem intuitivamente sem muito pensar sobre o assunto. Um segredo para toda pessoa que quiser de coração, ensinar algo a outra. O segredo é saber que a aprendizagem depende diretamente do interesse do aluno e, portanto, se o aluno não sabe se interessar pelo conhecimento, a aprendizagem simplesmente não se dá.

Então, o trabalho do professor não é ensinar o conhecimento, mas ensinar ao aluno o porquê daquele conhecimento ser importante para a sua vida. O trabalho é, como diria o professor Demerval Saviani, criar no aluno a necessidade pelo conhecimento, ensinar a querer aprender – e para isso, deve conhecer a história de cada aprendiz em uma linda e fraterna relação de amor que envolve essa paixão de conhecer o mundo.

(Homenagem ao professor José Pacheco e, em seu nome, a todos os mestres que mudaram nossas vidas!)*Professor da UFRR

A utopia de se cobrar de quem tem – Tom Zé Albuquerque*A cobrança de tributo remonta a era bíblica. Até hoje, é um dilema pagar imposto, seja por parte do contribuinte direto: o consumidor; seja por parte daquele que se apropria da parcela embutida no produto (bens ou serviços) e, posteriormente, repassa aos cofres públicos: o empresário.

Ressalte-se que tributo é uma palavra gênero, que se divide em algumas espécies: imposto, taxas e contribuições. Nesse prumo, foi nesses dias intencionado pelo governo federal o aumento da alíquota do Imposto de Renda, este, o mais robusto e avassalador tributo, seja pelos percentuais absurdamente altos sobre a renda, seja pela incidência sobre a pessoa jurídica e sobre a pessoa física, sobrepondo, por vezes, o patrimônio do cidadão. É desrespeitado aí o princípio da capacidade contributiva, positivado no art. 145, §1°. da Constituição Federal vigente: “Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte…”.

Nesse contexto, é mais que destoante o governo federal almejar o acréscimo tributário, num país de mais de 15 milhões de desempregados, cujo poder de compra da população remunerada cairá, tal fato acarretará em menor consumo, depois menos produção, culminando, obviamente, com mais desemprego. É um efeito cíclico cruel, tendente à deflação. Majorar tributos é o último recurso para subtrair recursos da população, e só ocorre basicamente em três situações: um, para atender situações calamitosas; dois, para alimentar a corrupção (eis o capitalismo de Estado); e por fim, para ajustar o arcabouço tributário na consecução da justiça fiscal, a retirar maior parcela exatamente de quem mais tem.

É justamente neste último propósito que soa descabido o Congresso Nacional nunca ter provocado a regulamentação do art. 153, VII, da Constituição Federal, para qual aponta competir à União a instituição de Impostos sobre Grandes Fortunas, nos termos de lei complementar, o IGF, não podendo ser aplicado até a promulgação de lei específica. Por que este tributo não foi desde outubro de 1988 até os dias atuais regulamentado? Por que não houve interesse por parte dos parlamentares em aprovar a sua regulamentação? Por que o Executivo, em quase três décadas, nunca se inclinou no sentido de tributar os afortunados brasileiros?

Tributar grandes fortunas permitiria corrigir a histórica desigualdade tributária brasileira transcendendo para os fatos os efeitos do princípio da igualdade tributária, sobremaneira pela diminuição da regressividade. O IGF brasileiro se assemelharia com outros dos mesmos moldes em vários países desenvolvidos, tais como: França, Liechtenstein, Noruega, Suíça… e outras grandes potências, que aplicam a tributação progressiva do patrimônio, renda e transmissões, mas não pelas ásperas faixas adotadas no Brasil, nas quais a classe média (inclusive a baixa), por vezes se equipara àqueles dotados de riquezas astronômicas.

São vários os pontos positivos do IGF, dentre eles: destinação de mais recursos para os Estados e Municípios; absorção da riqueza acumulada oriunda de períodos pregressos de baixa tributação; combate à evasão fiscal; valoração de capital; obstrução de posse de bens que não produzam para o país; identificação de contribuintes de alto coturno; fiscalização efetiva de preços de transferência; tributação justa sobre riqueza extraordinária, sendo assim um fato ordinário, não desestimulando o empreendedorismo e o crescimento patrimonial.

Certo dia o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, debochou da voracidade de se tributar no Brasil disparou a infeliz frase: “Não há que se reclamar, imposto já diz pelo próprio nome, senão se chamava espontâneo”, mas jamais se propendeu à aplicabilidade do IGF. O Partido dos Trabalhadores, de disparatada veia socialista, em mais de uma década no poder, nunca sequer se debruçou em promover essa justiça, em mais uma de suas contradições. Mas… quem seriam os grandes contribuintes do IGF brasileiro? Fácil responder, não?*AdministradorA vida é a vida que vivemos – Afonso Rodrigues de Oliveira*“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaio. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.” (Charles Chaplin)Mais uma segunda-feira se inicia, avisando-nos que a vida continua. E que estamos, todos, num palco com a cortina aberta. O que quer que estejamos fazendo, ou que pretendemos fazer, é dirigido à plateia. E é por isso que devemos fazer da melhor maneira que pudermos fazer. E sempre podemos fazer melhor do melhor que já fizemos. É assim que evoluímos. Entendendo que estamos num palco permanente. E não temos por que negligenciar com o que fazemos. Pense nisso e faça, hoje, o melhor que você puder fazer no que faz, seja lá o que for. Sua importância está na importância que você dá ao que faz.

Sorria. Cante, dance, viva a vida como ela deve ser vivida. Divirta-se, mas com racionalidade. E a racionalidade está na naturalidade. Não tente ser o que você não é. E você é o que você quer ser. E fim de papo. A escolha é sua. Então procure a felicidade em você mesmo. E nada mais simples do que encontrá-la em você. É só você se sentir feliz. “Ninguém, além de você mesmo, tem o poder de fazer você se sentir feliz ou infeliz, se você não estiver a fim.” Então esteja e seja.

Olhe sempre para cima. Nunca baixe sua cabeça diante da desgraça. Ela faz parte da vida. Está no palco do dia a dia. Espante-a com um sorriso. Ela detesta e teme a felicidade. Simples pra dedéu. Tudo que acontece na vida faz parte da vida. E se é assim, por que se aborrecer com os maus acontecimentos? Nunca permita que a cortina do seu palco se feche sem que você receba os aplausos pelo o que representou no palco da vida. Quando nos amamos somos felizes.

A segunda-feira, hoje, deve ser o início da semana que você deseja viver. Cabe a você fazer com que o dia de hoje lhe seja o início do dia de amanhã. E como um início ele deve ser vivido como um ensaio. Tudo que você fizer de melhor, hoje, deve e pode ser feito melhor amanhã. Vivemos num mundo ainda em evolução. E cada um de nós faz parte dessa evolução. E é precisamente por isso que devemos ser o melhor no que somos todos os dias. Viva seu dia hoje como se ele fosse o último. Viva cada minuto do seu dia, com alegria, felicidade e muito entusiasmo. Ame-se para poder amar.

Dance no palco da vida. Não tenha receio de parecer fútil. Porque só os fúteis não entendem a grandeza da vida na alegria de viver. A cortina abriu-se na hora em que você acordou. E você esqueceu-se de dar bom dia ao dia. Faça isso agora e viva-o como você o merece. Pense nisso.*[email protected]