Parabólica

Parabolica 02 03 2018 5740

Bom dia,

A questão da Segurança Pública, dada como prioritária, e quase como bandeira única desses últimos 10 meses do governo Michel Temer (PMDB) tirou muito do foco da opinião pública brasileira e internacional sobre a grave crise migratória dos venezuelanos para Roraima. Nem mesmo a ocorrência desse surto de sarampo em crianças, filhos de mulheres migrantes, tem sido capaz de chamar um pouco mais de atenção aos problemas do Estado, agravados com a chegada dessas dezenas de milhares de estrangeiros em Roraima. Até agora, quase nenhuma ação prática foi tomada, exceção feita a um maior controle de acesso ao território brasileiro de venezuelanos, via exigência documental ou barreiras sanitárias. É muito pouco, frente a enorme extensão da fronteira mascada por linha seca.

Isso é quase nada, e pode tornar o Brasil alvo de críticas da opinião pública internacional, e de organizações multilaterais do sistema internacional de direitos humanos, por agir na contramão do direito das pessoas migrarem de um país a outro por razões humanitárias. O certo é que o tempo de planejamento está vencido, é preciso ação para o enfrentamento desse grave problema, que não terá duração curta, Como dissemos outro dia daqui da Parabólica, a emergência no tratamento dos efeitos dessa migração, é muito mais complexo que o de uma rearrumação de populações sujeitas a enchentes, que quando muito duram não chegam a uma semana.

Nicolás Maduro, o desastrado presidente bolivariano, deve ser reeleito nas eleições presidenciais, adiadas para maio, uma vez que a oposição, mais uma vez, decidiu não participar. Como Maduro, e seu entorno, não reconhecem a tragédia que o regime bolivariano fez desabar sobre seus concidadãos, as razões para que milhões de venezuelanos continuem a abandonar seu país continuarão. Logo…

MARTELO BATIDOPronto, para quem duvidava ainda, da pré-candidatura da governadora Suely Campos à reeleição pelo PP, não existe mais razão para tal. Em reunião em Brasília, no gabinete do senador Ciro Nogueira (PP-RN), presidente nacional do partido, ficou decidida a data para o lançamento da pré-candidatura de Suely: será no dia 26 de março próximo, com a presença dele, e de outras lideranças nacionais pepistas. Diga-se, que da reunião também participou o deputado federal Hiran Gonçalves, que preside o partido em Roraima. Tudo indica que Suely Campos define a coligação do PP para as duas eleições majoritárias – governo estadual e Senado federal-, e Hiran Gonçalves define as coligações na esfera proporcional, à Câmara Federal e a Assembleia Legislativa. Prego batido, ponta virada; dizem os pepistas roraimenses.

PROJETOSO novo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciou que terá nada menos de R$ 2,9 bilhões para gastar nesses últimos 10 meses deste ano. É grana para dedéu, diria mestre Afonso Rodrigues, colunista dos melhores, cá da Folha. Se depender de propostas, Roraima não ficará de fora desse bolo bilionário, pois a governadora Suely Campos (PP) deixou nas mãos do novo ministro sete projetos que somam juntos cerca de R$ 100 milhões. Tomara que forças estranhas não apareçam para mais uma vez prejudicar o Estado de Roraima, como tem acontecido muito neste governo de Michel Temer.

SÓ DEPOISParece que essas forças estranhas não descansam quando se trata de tentar prejudicar Roraima. Vejam, os leitores essa história: O Governo Federal teria que pagar algo em torno de R$ 300 milhões ao Governo do Estado de Roraima, devidos pela utilização, e aquisição do patrimônio da Centrais Elétricas de Roraima (CERR), desde janeiro de 2017. Pois bem, essa dívida é da União Federal e teria que ser paga imediatamente, mas o Decreto Presidencial, assinado por Michel Temer, que regulamentou a venda da Boa Vista Energia S.A., transferiu essa responsabilidade para a empresa, ou consórcio de empresas, que vai comprar, através de Leilão previsto para o final de abril a empresa. Em boa hora, a governadora Suely Campos mandou a Procuradoria Geral do Estado (PGE) preparar uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular mais essa tentativa de sufocar o governo estadual.

MAIS UME deve aumentar a confusão, e a ambição, da Venezuela de Nicolás Maduro pela porção de terra, conhecida por região do Essequibo, que pertence juridicamente à República Cooperativista da Guiana, mas que o país venezuelano não reconhece a mediação feita há mais de 100 anos, por um rei italiano, na época em que a Guiana era Colônia de um país europeu, a Inglaterra. É que a gigante do setor de petróleo, a norte-americana Exxon, acaba de anunciar a descoberta de mais um poço de petróleo na plataforma marítima guianense. Esse último poço é o de número, Pecora1, faz parte de um conjunto de outros cinco descobertos na mesma área. A Exxon e o governo guianense anunciam o começo de exploração de petróleo na região para o ano de 2020.

CRÍTICASEm redes sociais, a prefeita Teresa Surita (PMDB), que tem recebido bastante grana de Brasília nos últimos meses, anda agora criticando o Governo Federal por conta de falta de transferência de recursos para enfrentar o surto de sarampo trazido à Boa Vista por crianças venezuelanas. A alcaide boa-vistense diz que faz um ano e meio que está pedindo a implantação de uma barreira sanitária em Pacaraima, e não é atendida. Diz ainda que essa omissão do Governo Federal deixa o Município de Boa Vista muito vulnerável.

Publicidade