Parabólica

Parabolica 15 15 2017 5345

Bom dia,

Estamos chegando ao final do ano e, mais uma vez, os problemas estruturais do estado de Roraima ficarão à espera do novo ano, para mais uma vez, torcermos para que sejam resolvidos no decorrer de 2018. O maior desses problemas, a questão energética foi jogada para os escaninhos do esquecimento. De um lado, o governo federal, refém do aparato ambientalista/indigenista que tomou de assalto, rigorosamente, todas as estruturas da administração federal, tanto no Executivo quanto no Judiciário, já sinaliza que o Linhão de Tucuruí jamais será construído, pelo menos, no trajeto originalmente concebido.

Diante da inviabilidade dessa obra, por razões ideológicas, os dirigentes do setor elétrico federal – quase todo tomado de assalto pelos notórios políticos envolvidos na roubalheira nacional – estão agora “bolando” soluções exóticas, como a compra de baterias, que acumulariam energia para serem utilizadas quando o fornecimento de energia de fonte hídrica ou térmica falhasse. É claro, como o Brasil não domina a tecnologia para armazenar tanta energia elétrica, teríamos, nós consumidores, de pagar royalties para alguma multinacional. E, é claro, deve ter algum grupo empresarial ligado aos notórios políticos que não perdem a oportunidade da abocanhar mais grana do contribuinte ou do consumidor.

Que o aparato ambientalista/indigenista trabalhe para impedir o desenvolvimento de Roraima, ou que o aparelhado setor elétrico federal brasileiro tente “catar” soluções para engordar, ainda mais, o bolso do esquema empresarial/político que o opera, parece uma coisa natural, neste país cujo Estado pratica ações cada vez menos republicanas. O que espanta, e entristece, é ver que na numerosa classe política do estado de Roraima não se destaca qualquer líder, com estatura de estadista, para liderar uma resistência contra esses atores que manipulam os grilhões institucionais, sob o controle do governo federal, para manter a economia roraimense refém do contracheque chapa branca.

INAUGURAÇÃOSob uma verdadeira guerra travada entre correligionários da prefeita Teresa Surita (PMDB) e seus adversários, através das redes sociais, a Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV) inaugura hoje o Teatro Municipal, uma obra que decididamente marcará a vida cultural e artística de Roraima. Não se está aqui, na Parabólica, querendo justificar o custo da obra e de seus equipamentos, isso, evidentemente é tarefa dos órgãos de fiscalização e controle, que têm agentes públicos regiamente remunerados para cumprir esse papel. De qualquer forma, a partir de agora, teremos um ambiente digno de uma capital para a realização de eventos maiores, tanto artísticos, quanto culturais. E, é claro, as instalações do teatro podem ser utilizadas para muitas finalidades.

RECONHECIMENTOÉ claro, como deveria ser a norma em qualquer grande obra pública, semelhante ao Teatro Municipal de Boa Vista que hoje é inaugurado, o mérito da sua existência não pode ser atribuído a uma única pessoa. E em tal sentido é dever de justiça lembrar, que ela foi iniciada, e teve a maior parte das obras realizadas pelo ex-prefeito Iradilson Sampaio. De igual forma, tentar menosprezar o papel da senadora Ângela Portela (PDT) e da deputada federal Maria Helena Veronese (PSB) é fazer política rasteira. Elas foram as autoras das emendas e dos pedidos de recursos junto ao governo federal que permitiram a construção deste nosso novo teatro. É claro, a atual prefeita Teresa Surita (PMDB) teve o mérito de continuar, e bem, a obra do antecessor.

DE MUDANÇAE por falar na deputada federal Maria Helena Veronese, fontes da Parabólica garantem que ela deve mudar de partido nos próximos meses. Com prestígio em baixa junto à direção nacional do PSB, desde que votou contra a orientação partidária no caso da reforma trabalhista – ela perdeu para o ex-prefeito Iradilson Sampaio a presidência regional da sigla –, Veronese deverá assinar a ficha de filiação do PMDB, de seu líder Romero Jucá. Nossa fonte, diz inclusive, que por decisão de sua Executiva Nacional, o PSB não fechará coligação com o PMDB em qualquer dos estados brasileiros.

MOEDACom inflação fechando este ano os 1.200%, e com projeção de 2.500%, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI) para o próximo 2018, o governo bolivariano de Nicolás Maduro está com dificuldade para imprimir o Bolívar, a moeda da Venezuela. O custo da impressão é maior que o valor expresso na moeda de maior valor. Na prática, o Bolívar não é mais moeda, na expressão exata do termo, inclusive, porque com uma inflação tão alta ninguém quer segurá-lo nas mãos, como reserva de valor, quem o recebe procura imediatamente uma coisa para comprar, afim de não perder seu poder de compra. Ontem, no mercado paralelo de Caracas, um Dólar norte-americano comprava 100.000 Bolívares.

CAOSSob a omissão criminosa do governo federal, a crescente onda migratória de venezuelanos e de venezuelanas para Roraima está se transformando num caos, ruim e desumano para os migrantes, e gravemente incômodo para os habitantes locais. Por dever de justiça é preciso reconhecer o esforço do governo estadual, e de algumas organizações sociais, mas que são apenas residuais frente ao aumento do número de pessoas que chegam diariamente. É preciso, por exemplo, que o Ministério Público Federal aja para fazer o governo federal cumprir com suas obrigações.

ERRATAEm atenção à nota denominada “BASTIDORES”, publicada no dia 16 de agosto de 2017, a Folha ERROU ao divulgar que o Sr. Renato Amorim teria sido exonerado da presidência da CERR por conduta antiética. Segundo as informações repassadas à editoria, o ex-presidente teria levado para “cortar” a faixa de inauguração de uma subestação no Município do Bonfim o senador Romero Jucá, e não a governadora Suely Campos, uma vez que a obra teria sido realizada pela Seinf. Como esclarecido com documentação repassada ao jornal, ficou claro o erro na informação, pois a obra foi realizada pela Eletrobras, e não pela Seinf. O Sr. Renato Amorim já tinha sua exoneração acordada com o Governo do Estado, em data anterior à inauguração, e o mesmo nem esteve presente na ocasião supracitada, portanto, não cometeu nenhum tipo de conduta antiética. Em conformidade ao acordo no processo judicial de número 0823793-93.2017.8.23.0010 e, no desejo de a Folha sempre trazer a informação correta para o seu leitor, está feita a correção.