Parabólica

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Bom dia,

E, finalmente, o MDB – jornalista José Simão diz que a retirada do P fica por conta da esperança de que o povo não se lembre de corrupção – decidiu tentar ser o síndico do poder através do voto popular. Em duas ocasiões o partido ocupou a Presidência da República; uma com Sarney devido à morte de Tancredo Neves e outra, agora, com Michel Temer depois do golpe contra a petista Dilma Rousseff. Na única vez que tentou chegar ao Palácio do Planalto, através do voto popular, em 1989, com seu líder maior Ulisses Guimarães, o resultado foi um retumbante fracasso. Doutor Ulisses, como era chamado, não conseguiu ultrapassar 2% dos votos, tendo sido traído vergonhosamente pela maioria de seus companheiros de partido.

Henrique Meirelles, lançado ontem, pelo notório senador Romero Jucá, como pré-candidato emedebista à Presidência da República é um contumaz trocador de partido. Homem ligado, umbilicalmente, ao setor financeiro nacional e internacional, Meirelles já foi tucano, quando se elegeu deputado federal por Goiás; serviu ao governo petista de Lula da Silva como presidente do Banco Central; esteve do PSD, de Gilberto Kassab; e, finalmente, desembarcou no MDB, pelas mãos de Michel Temer, quando este restou convencido de desistir de sua própria candidatura. A alegação dos emedebistas para lançá-lo pré-candidato a ocupar o Palácio do Planalto fica restrita ao discurso de que ele irá continuar a política econômica do atual governo.

E Meirelles vira candidato num dos piores momentos, do já desacreditado governo Temer; com o dólar disparando, os combustíveis subindo às alturas, o desemprego aumentando, a corrupção dando no meio da canela, e as perspectivas de crescimento da economia brasileira sendo constantemente reduzidas. Diante de um cenário desse, é pouco provável que o lançamento da candidatura de Henrique Meirelles seja mesmo para valer. O mais provável é que diante do quase anunciado fracasso da candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), os emedebistas fisiológicos queiram abrir portas à negociação com outros candidatos mais viáveis. Se não o fizerem, Meirelles será traído pelos próprios novos companheiros de partido. Como aconteceu com o velho e respeitado Ulisses Guimarães.

REVIRAVOLTA 1E os bastidores da política local estão infestados de boatos sobre acertos em andamento entre os políticos em torno das coligações para as eleições de outubro. Um desses boatos é o seguinte: depois de subir no palanque na última sexta-feira (18.05), em Mucajaí, do pré-candidato Anchieta Júnior (PSDB), o ex-deputado federal Luciano Castro (PR) estaria prestes a aderir à campanha de reeleição da governadora Suely Campos (Progressistas). No entendimento, que segundo fontes da Parabólica está quase fechado, Castro indicaria o novo secretário da Secretaria de Educação e Desportos (SEED), em substituição ao atual secretário, o professor José Gomes. Neste caso, o deputado estadual Joaquim Ruiz (PDT) seria escolhido.

REVIRAVOLTA 2Caso seja mesmo concretizada a adesão de Luciano Castro à candidatura de reeleição da governadora Suely Campos, outro que mudaria de rumo seria o deputado federal, e candidato à reeleição à Câmara Federal, Édio Vieira Lopes (PR). Companheiro de outras jornadas do notório senador Romero Jucá, Édio Lopes seguiria o mesmo rumo de Luciano Castro, por questões partidárias. Mas, teria lá suas compensações, na forma da indicação de um eventual novo secretário da Secretaria Estadual do Índio, hoje ocupada por Dilson Ingarikó, um líder indígena ligado ao Conselho Indígena de Roraima (CIR).

CERTIFICADOO presidente da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr), Gelb Platão, recebe hoje em Paris, em nome da governadora Suely Campos, o Certificado Internacional de Livre de Febre Aftosa, com vacinação, expedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Com este certificado, os pecuaristas de Roraima poderão exportar carne bovina, inclusive com cortes especiais, para todo o mundo. O estado já tem inclusive um matadouro-frigorífico com todas as especificações exigidas pelo mercado externo, em termos de carne bovina. É, de fato, uma grande conquista para a economia roraimense.

MAIS GRAVEÉ quase um consenso entre os próprios migrantes venezuelanos de todos os níveis educacionais, e mesmo entre brasileiros, que a permanência de Nicolás Maduro, como presidente da República Bolivariana da Venezuela, só agravará e intensificará a migração de pessoas daquele país para o Brasil, especialmente para Roraima. A verdade dos números mostra que, em números redondos, 7 de cada 10 venezuelanos não querem Maduro presidente. O Brasil protestou diplomaticamente, mas será que as autoridades brasileiras estão conscientes de que é preciso reforçar o acolhimento de venezuelanos no Brasil.

ZEROAinda dos bastidores da pré-campanha eleitoral: corria ontem, nos bastidores da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), a informação de que o Partido Socialista Brasileiro (PSB) poderia integrar a base de apoio da candidatura do ex-governador Anchieta Júnior. Fontes da Parabólica dizem que o presidente da legenda em Roraima, o ex-prefeito de Boa Vista, Iradilson Sampaio, diz para quem quiser ouvir que as chances disso acontecer é zero. Aliás, Iradilson lembra que a direção nacional do PSB veta coligações regionais com o MDB, que está de braços dados com Anchieta Júnior.