Cotidiano

Acompanhantes denunciam furto e reclamam de atendimento no HGR

Sesau diz que HGR promove orientações sobre cuidados com bens pessoais e que o hospital não é responsável pelos pertences das pessoas

O Hospital Geral de Roraima (HGR), localizado no bairro Aeroporto, zona norte da Capital, voltou a ser alvo de denúncias na manhã de ontem, 27. Acompanhantes de pacientes relataram uma série de furtos dentro da unidade, a maior do Estado. Uma dona de casa de 54 anos disse que, no início da semana, teve o celular furtado por um desconhecido que transitava pelas dependências da unidade.  A ação ocorreu no momento que ela precisou se levantar da cadeira para dar auxílio ao pai, um idoso de 86 anos.

“Eu conversando com um acompanhante vizinho à cama do meu pai quando ele começou a se debater na cama. Corri para atendê-lo, deixando o celular sob a minha bolsa, na cadeira onde estava sentada. Nisso, formou-se um aglomerado de gente próximo da entrada do leito e, segundo outro acompanhante, um rapaz moreno alto e magro se aproximou da cadeira, saindo depois quando a situação de meu pai foi estabilizada. Quando voltei, já não encontrei mais o celular”, disse.

Segundo ela, a direção do hospital chegou a ser comunicada do caso, no entanto, a resposta obtida foi de que o hospital não se responsabiliza pela perda de bens pessoais de pacientes e acompanhantes. “Apesar de ter vários avisos espalhados pelo hospital, creio que o problema maior é a falta de controla na entrada de visitantes, porque se realmente eles fiscalizassem quem entra e quem sai, dificilmente ocorreriam esses furtos”, relatou a dona de casa.

TRATAMENTO – O administrador de empresas Paulo Bezerra, 31 anos, também é outro acompanhante que reclama da situação no HGR. Acompanhante do irmão que está internado por lá há 10 dias, ele se queixa da forma ríspida como pacientes são tratados por alguns dos profissionais da unidade.

“Além de demorarem a atender quando solicitamos, ainda agem com extrema grosseria, como se estivéssemos pedindo um favor. Penso que, se a pessoa não está se sentindo bem cumprindo suas funções, que dê lugar para alguém que saiba tratar bem, porque ser ríspido com pacientes é algo que vai contra a ética profissional deles”, reclamou.

SESAU – Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) lamentou o fato ocorrido no início da semana e frisou que HGR não se responsabiliza por pertences dos usuários nas dependências da unidade.  Apesar disso, ressaltou fazer parte da política daquela unidade, o procedimento rotineiro de orientar os pacientes, acompanhantes e servidores sobre os cuidados com seus bens pessoais.

“O HGR possui câmeras de monitoramento e está à disposição das autoridades para colaborar com eventuais investigações, sempre que for necessário”, complementou.

Em relação à conduta de profissionais, a Sesau sugeriu que os acompanhantes ou pacientes procurem a Ouvidoria do Sistema Único de Saúde (SUS), informando o nome do profissional e detalhes do ocorrido para que seja averiguado se houve falha na conduta profissional. “Se for constatado que houve comportamento contrário ao exigido dos servidores e colaboradores do Estado, a gestão adotará as medidas cabíveis para punir eventuais envolvidos e coibir práticas semelhantes”, frisou. (M.L)