Capital registra 50 novos casos de hanseníase de janeiro a agosto

De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde do Município de Boa Vista, de janeiro até agosto de 2017 foram registrados 50 novos casos de hanseníase na Capital. No ano de 2016, em todo o Estado, cerca de 16 novos casos da doença foram registrados para cada 100 mil habitantes, segundo o Ministério da Saúde.

A hanseníase é uma doença crônica com grande poder de causar incapacidades e deformações físicas. Também é capaz de infectar um grande número de pessoas. A transmissão ocorre por meio da respiração de uma pessoa doente e sem tratamento, durante contato prolongado.

O diagnóstico e o tratamento da hanseníase são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e estão disponíveis nas unidades básicas de saúde. Para maiores chances de cura é importante que essa detecção seja realizada o mais rápido possível. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil é o segundo no mundo em número de casos de hanseníase.

“É necessário trabalhar com a população de forma que as pessoas possam conhecer os sinais e sintomas, como também trabalhar com os profissionais de saúde para saber reconhecer a hanseníase e fazer busca ativa para fazer o diagnóstico o mais precoce possível”, informou o Ministério da Saúde.

A hanseníase é uma doença com período de incubação longo, em média de 3 a 7 anos para o aparecimento de manchas esbranquiçadas, ou avermelhadas, ou amarronzadas que apresentam alteração de sensibilidade ou áreas do corpo com anestesia, ou perda de pelos ou espessamento neural.

O Ministério da Saúde recomenda que as pessoas procurem o serviço de saúde se perceber o aparecimento de manchas, de qualquer cor, em qualquer parte do corpo, principalmente se essa mancha apresentar diminuição de sensibilidade ao calor e ao toque. Após iniciado o tratamento a pessoa para de transmitir a doença quase que imediatamente.

Outra medida preventiva é a realização do exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG nas pessoas que vivem com os portadores desta doença.