No terreno baldio localizado aos fundos da casa em que vivem, o casal Jasmine e Max Schmoller, moradores do bairro Cinturão Verde, zona Oeste da cidade, convivia com vários transtornos. O local era tomado por um matagal e, no inverno, propenso a criadouro do mosquito Aedes Aegypti.
Após notar que o terreno vendido por eles estava abandonado, o casal decidiu ampliar uma atividade que já realizavam em casa: o plantio. Max e Jasmine começaram a ampliar as plantações que já realizam há cerca de um ano no canteiro de casa. Após a limpeza e preparo da terra, eles deram início à plantação de banana, feijão, melão, cana de açúcar, erva cidreira e capim santo. Até o processo de irrigação foi pensado e implantado pelos dois.
Mas foi a colheita de um pé de macaxeira plantado sem muita pretensão que chamou a atenção do casal. O tubérculo mediu 1,50 metros de comprimento no local, onde a produção é diferenciada das cultivadas no campo. Isso porque eles não utilizam defensivos agrícolas nocivos ao meio ambiente, apenas adubo orgânico.
Ainda assim, a última mandioca colhida surpreendeu. Ao ser comparada com uma mandioca comum é visível a diferença.
“Colocamos lá sem muita pretensão. Não tinha nada químico. Eu estava colhendo caju e batendo a polpa, quando fui ao terreno e puxei a raiz e deu um metro e meio. Achei que não fosse dar nada porque a terra era fraca”, disse Max.
Segundo ele, a ideia de fazer uma horta em um terreno baldio surgiu quando o casal visitou parentes no Paraná, Sul do país. “Em todas as cidades que visitaram observamos que os terrenos abandonados eram utilizados para plantação de milho, feijão e soja. Lá é um costume, mas aqui as pessoas não fazem tanta questão”, destacou.