Cotidiano

Conselho Tutelar funciona em local impróprio, segundo conselheiros

Conselheiros tutelares do Conselho Tutelar do Território 2, que funciona no antigo terminal do bairro Caimbé, reclamam da falta de condições de atendimento no local. Eles alegam que o local de funcionamento é público e não garante a integridade física das crianças e dos adolescentes atendidos no local, como estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente, e as expõe a mais risco e vulnerabilidade.

De acordo com o conselheiro da unidade Franco Rocha, o local é impróprio, é difícil atender as denúncias e, principalmente, fazer os procedimentos das ocorrências atendidas pelas equipes plantonistas. No local, há grande fluxo de pessoas, incluindo criminosos, o que expõe as crianças e os adolescentes a mais um constrangimento, além do local não garantir a integridade física delas, que ficam cara a cara com seus agressores.

“É muito séria essa situação. Aqui é aberto. Quando estamos em atendimentos e em procedimentos, as crianças e os adolescentes são revitimizados, pois presenciam todo o tipo de situação dessa redondeza. Sem contar na segurança, tanto elas como nós corremos risco de sermos agredidos pelos acusados, pois ficamos todos, cara a cara”, afirmou.

O conselheiro concluiu dizendo que, os profissionais que atuam no local já levaram a demanda à Prefeitura de Boa Vista, explicaram a situação, mas até o momento nada foi feito. “Esse problema já foi levado várias vezes para prefeita que sempre se compromete de resolver, mas esquece e não faz nada. Estamos cansados de cobrar. Realmente estamos vendo uma falta de interesse em solucionar o problema e quem está pagando um preço caro são as crianças e adolescentes que precisam da unidade. Em vez de garantia, estamos oferecendo mais risco e vulnerabilidade”, concluiu.

PREFEITURA – Em nota, a Secretaria Municipal de Gestão Social informou que o atual conselho, criado em 2014, e instalado no Terminal do Caimbé, está há mais de um ano em busca de um imóvel para alugar, porém sem êxito. Os próprios conselheiros foram acionados para procurarem um imóvel que atendesse às necessidades do conselho. A Secretaria ressalta que, enquanto um novo imóvel não for adquirido, o conselho vai permanecer em sua atuação no terminal. (E.S)