Cotidiano

Delegado faz alerta sobre falsos desaparecimentos de jovens

Sumiço repentino de jovens tem sido cada vez mais confundido com desaparecimentos

O caso de um adolescente de 14 anos que teria saído de casa no sábado, 16, e sumido por mais de 24h, trouxe à tona uma realidade que tem se tornado cada vez mais comum: o sumiço repentino de jovens que tem sido confundido com desaparecimentos.

No caso do adolescente, ele foi encontrado pouco mais de uma hora após a mãe procurar a Polícia e veículos de comunicação para divulgar o ocorrido. O protocolo da polícia prevê o término do prazo de 48 horas para iniciar os procedimentos de busca.

Segundo o delegado substituto do Núcleo de Investigação de Pessoas Desaparecidas (Nipd), da Polícia Civil, Cristiano Camapum, a falta de comunicação entre os jovens e os pais é fator predominante para o problema. “Hoje os jovens saem para as festas e acabam dormindo na casa de amigos sem avisar. A maioria dos casos não configura desaparecimento”, disse.

O delegado fez um alerta sobre a utilização das redes sociais para divulgação dos casos. “Geralmente os familiares e amigos acabam divulgando para possibilitar chegar a um número maior de pessoas, mas quando a pessoa é encontrada não informam e é fundamental que haja essa informação”, explicou.

Para Camapum, os pais devem alertar os filhos sobre os riscos de sair de casa sem avisar. “Sempre acontece, principalmente aos finais de semana, quando muitos saem mesmo com a proibição das famílias. O ideal é que haja conversa, porque sabemos que é comum essas atitudes por parte de adolescentes”, frisou.

O Núcleo de Investigação de Pessoas Desaparecidas funciona das 07h30 às 13h30, no prédio da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), na avenida Ville Roy, Centro.