Cotidiano

Dia de combate às hepatites virais terá orientação e testes gratuitos

O Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, celebrado hoje, 28, foi instituído com o objetivo de estimular a adoção de cuidados para evitar a doença que degenera o fígado. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo convivam com hepatites virais crônicas, principalmente dos tipos B e C.

Para ressaltar a importância do tema e trabalhar a conscientização da população, a Associação de Travestis e Transexuais de Roraima (ATERR) promove a partir das 14 horas de hoje uma série de atividades sociais alusivas a data. O local escolhido pela entidade foi a Feira do Passarão, no bairro Caimbé, com grande trânsito de pessoas e que fica próximo ao ponto de trabalho de profissionais do sexo. “A Feira do Passarão foi escolhida justamente por conta da grande concentração de pessoas. Além dos clientes que vão para fazer compras de produtos que são oferecidos pelos feirantes, lá também é um local que atrai muitos profissionais do sexo”, afirmou a presidente da associação, Rebecka Marinho.

Vários serviços serão oferecidos de forma gratuita para a população, como corte de cabelo, aferição de pressão arterial e palestras educacionais. No entanto, a maior ênfase será na realização dos testes rápidos, ação esta que contará com o apoio de profissionais das coordenadorias estadual e municipal de Hepatites Virais, coordenação de HIV e Aids e alunos do curso Medicina da Universidade Federal de Roraima (UFRR).

Em Roraima, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), 1.485 casos de hepatites virais foram confirmados entre o período de 2010 a 2016. “Em relação à população LGBT, nós não temos uma estatística de hepatites virais, porque o sistema de saúde não faz a coleta de exames por nome social, orientação sexual ou por identidade de gênero, o que acaba tornando os trabalhos de apoio um verdadeiro desafio para as associações. No caso das travestis e transexuais, a questão é ainda mais delicada, porque 90% delas atuam como profissionais do sexo”, comentou Rebecka.

TRATAMENTO – De acordo com a Sesau, o acompanhamento dos pacientes com hepatites virais agudas é feito nos postos de saúde, enquanto os casos crônicos são acompanhados pelo Serviço de Assistência Especializada (SAE), que funciona em um prédio anexo ao Hospital Coronel Mota, no Centro.

“Antes da existência deste serviço, o atendimento era centralizado no médico e não havia uma sistematização de cadastro desses pacientes. Agora, os portadores de hepatites virais têm a garantia de uma assistência clínica, terapêutica, farmacêutica e psicossocial, com uma equipe multidisciplinar que o acompanha ao longo de sua doença, melhorando a qualidade de vida dessa população no Estado”, informou a Sesau. (M.L)