Cotidiano

Eficácia no uso do equipamento salva cinco pessoas após naufrágio no rio Branco

O item indispensável e obrigatório foi o diferencial para que todos fossem resgatados sem nenhum ferimento por outro barco que passava próximo ao local

O que era para ser um tranquilo passeio de barco pelo rio Branco num fim de semana, por pouco não se transformou em tragédia, quando uma canoa ocupada por cinco pessoas naufragou próximo à foz no rio Cauamé, após o piloto não conseguir sustentar a direção da embarcação ao realizar uma manobra.

Um item indispensável e obrigatório foi o diferencial para que todos fossem resgatados sem nenhum ferimento por outro barco que passava próximo ao local: o colete salva-vidas.

“É um equipamento indispensável para quem pratica qualquer atividade no meio aquático, condutores de motos aquáticas ou passeio de canoa. Se não fosse o uso desse recurso teria ocorrido uma tragédia maior”, salientou o comandante da Guarnição de Guarda Vidas do CBMRR (Corpo de Bombeiros Militar de Roraima), subtenente Hortêncio Arrais.

O CBMRR foi acionado para atender a ocorrência. Após constatar que todos os integrantes do barco estavam a salvo, começaram as buscas pela canoa e o motor de popa naufragados. Os bens foram recuperados e entregues ao proprietário.

“O rio Branco continua cheio e acima do nível normal esperado para essa época do ano, as correntezas estão muito fortes e qualquer manobra imprecisa pode provocar um acidente”, alertou o subtenente Hortêncio Arrais.

Segundo dados estatísticos do CBMRR, somente no mês de agosto foram registrados nove óbitos por afogamento, sendo que quatro deles foram decorrentes do naufrágio de uma canoa no município de Caracaraí.

DICAS DE SEGURANÇA – A Sobrasa (Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático) revelou que 50% dos afogados em praia acreditam que sabem nadar. Por isso a importância do uso do colete salva vidas. Antes de mergulhar é preciso se certificar da profundidade e verificar se não existe tronco de árvores, pedras ou objetos pontiagudos submersos. Não é recomendado pular de pontes, barrancos ou árvores na beira dos rios e igarapés.

BANCOS DE AREIA – A maioria dos afogamentos ocorre nesses locais. Este acúmulo de areia no meio de um curso de água muda de profundidade constantemente, tornando-se um perigo para embarcações e banhistas. É preferível nadar em local raso e sempre acompanhado de outras pessoas e lembrar-se da recomendação que diz: água no umbigo, sinal de perigo!

CORRENTEZAS – A correnteza é o trecho em que a corrente d’água vai mais rápida, geralmente formando ondulações perigosas nos rios. Esta parte do curso d’água de um rio é um iminente perigo até para quem sabe nadar. Não é recomendável tentar salvar alguém se não tiver condições para fazê-lo, pois muitas pessoas acabam morrendo dessa forma. Se a situação pedir urgência, o ideal é jogar um objeto de flutuação para a vítima e ligar 193 para chamar socorro profissional dos guarda-vidas do Corpo de Bombeiros.

EMBARCAÇÕES – É necessário conhecer o desempenho da embarcação e não ultrapassar a capacidade de lotação. Além do uso do colete salva vidas é preciso evitar navegar sozinho ou à noite e sem comunicação, consultar a previsão do tempo e nunca pilotar após ingerir bebidas alcoólicas.

PESCARIAS – Neste verão a prática da pescaria se torna mais frequente nos rios de Roraima, bem como os casos de afogamento e mortes de pescadores. As principais recomendações são: evitar o uso excessivo de bebida alcoólica; ir sempre acompanhado e avisar o local da pescaria para um parente e a hora programada para o retorno.

O afogamento entre pescadores é geralmente fatal e ocorre por algumas razões diferentes, tais como tentar retirar a rede de pesca ou o anzol que se engancha em alguma pedra ou galho de árvore. Também é recomendado evitar entrar na água para recuperar redes ou anzóis durante a pescaria.