Cotidiano

Gestores e conselheiros de todo o País debatem Reforma do Ensino Médio

Gestores de escolas de Ensino Médio e conselheiros educacionais de Roraima participam desde a manhã de ontem, 19, de uma extensa programação de debates e oficinas em torno do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação – Região Norte. Um dos temas mais discutidos é a Reforma do Ensino Médio, sancionada no início deste ano.

Durante a abertura, ocorrida no auditório do Palácio da Cultura Nenê Maccagi, os participantes contaram com a explanação da técnica do Ministério da Educação (MEC), Cláudia Denís Alves. Ela abordou as alterações da aplicação do Ensino Médio, as mudanças na contratação de pessoal, entre as propostas para capacitar professores e adequação de conteúdo bibliográfico.

Cláudia Alves explicou que as escolas terão cinco anos para implementar as 1.000 horas de aulas no Ensino Médio. “O que a gente entende é que há diferenças entre os Estados, e o que basicamente muda é que o estudante não vai precisar estudar as 13 disciplinas, e depois ele escolherá um itinerário que ele se identifique”, explicou.

Durante a palestra, ela apresentou as legislações vigentes de Ensino e as diferenças quando aprovada a Medida Provisória, e reconheceu a importância de estar próximo aos Conselhos Estaduais para dialogar sobre o assunto. “Saiu a lei, mas o MEC não é dono de todo o saber. Precisamos dialogar com quem está na escola. Não dá para saber se será assim em todos os lugares e esse diálogo trará amadurecimento de como fazer e executar os itinerário”, esclareceu.

Segundo Cláudia, todas as dúvidas dos participantes são encaminhadas para equipe técnica para se construir novas discussões. Mesmo com a decisão federal, ela afirmou que, no momento, nem todos estão preparados para a mudança. “A estrutura precisa ser mexida, os livros didáticos precisam ser repensados, mas a gente entende que o Ensino Médio precisava de uma Reforma”, complementou.

A presidente do Conselho Estadual de Educação de Roraima, Ilma Xaud, fez a mesma defesa em relação à nova legislação. De acordo com ela, esse reparo precisava acontecer. “Essa discussão não é de agora, tem mais de 10 anos. O que faltava era colocar em prática. A medida provisória tem que acontecer porque se estivesse tudo bem, o Ensino Médio não estaria lá em baixo”, disse.

Por ser um órgão normativo, o Conselho Estadual de Educação tem um papel importante na elaboração de leis estaduais baseados em uma nacional, como forma de adequar o Estado à proposta maior. “Temos que adaptar e o restante é a Base que complementa. Estamos discutindo justamente para que a gente possa fazer tudo certo”, afirmou Ilma. “Nós, professores, temos a obrigação de participar, de estar por dentro de tudo que está acontecendo atualmente”, acrescentou.

Esta é a primeira vez que Roraima recebe o Fórum Nacional – Região Norte, um rito de cada região brasileira antes dos encontros gerais que acontecem em junho na Bahia e em novembro em Brasília. A programação do Fórum segue nesta quinta-feira, durante todo o dia, na videoteca do Palácio da Cultura, no Centro Cívico.

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