Política

“Independente da posição do meu partido, votarei contra”, diz Édio

Deputado federal Édio Lopes (PR-RR) confirmou que não pretende votar a favor da Reforma da Previdência tal como está

O deputado federal Édio Lopes (PR-RR) confirmou que não pretende votar a Reforma da Previdência tal como está. Lopes esclareceu que o texto da reforma da Previdência já era criticado antes mesmo do escândalo da JBS, que acabou com o arquivamento da denúncia contra Temer e que já avisou seu partido, o PR, da decisão. “Já comuniquei o meu partido, que independente de orientação da Direção Nacional da minha agremiação político partidária, que votarei contra toda e qualquer reforma da previdência neste momento”, assegurou.

O parlamentar explicou que até entende que o Brasil terá de efetuar mudanças no sistema atual, mas acredita que a conjuntura atual não é favorável para um aprofundamento e discussão do tema. “Sobretudo considerando dois fatores: a gravíssima crise de credibilidade que passa a classe política e a baixa popularidade do presidente da República. Portanto, entendo que o melhor é deixarmos para o futuro governo, que será legitimamente eleito nas eleições vindouras e, também, com a formação do novo Congresso Nacional a ser eleito, que terão mais condições para discutir com a sociedade modificações a serem feitas”, disse.

Édio Lopes disse que com isso coloca um ponto final em qualquer comentário ou debate quanto a sua posição. “Até porque a atual proposta violenta o princípio inabalável em um estado democrático de direito que assegura o amplo princípio do direito adquirido”, frisou.

Lopes não é o único a se posicionar contra a Reforma da Previdência. Lideranças aliadas do Centrão (grupo do qual fazem parte PR, PSD e PP – e até do PMDB) avisaram o presidente Michel Temer que não pretendem retomar as articulações para votar a reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados até que se tenha uma reorganização da base. Alguns parlamentares querem que o Planalto faça uma redistribuição de cargos que estão nas mãos dos chamados “infiéis”, aqueles que votaram contra o peemedebista na denúncia por corrupção passiva feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR).