Cotidiano

Laboratório de aquicultura do IFRR pode ajudar na agricultura familiar

Com pouco mais de dois anos de funcionamento, o curso Técnico em Aquicultura e o Superior de Tecnologia em Aquicultura do campus Amajari do Instituto Federal de Roraima têm mais de 130 alunos matriculados. As práticas pedagógicas dos cursos caminham para que a escola implante um laboratório de propagação artificial de peixe, que consiste na oferta gratuita de alevinos para a agricultura familiar.

Experiência parecida ocorre no lago da usina hidrelétrica de Balbina (AM), onde o governo daquele estado mantém um centro de distribuição gratuita de alevinos para agricultores familiares. De acordo com o professor Marcelo Pontes, coordenador do curso superior de Aquicultura, hoje o campus Amajari possui um laboratório de aquicultura que conta com viveiros de peixes e incubadoras de ovos e larvas.

Para que seja implantado o projeto de reprodução de alevinos em grande escala, para atender os pequenos produtores, o campus já conta com um sistema de recirculação de água, resultado de um projeto de pesquisa de energia renovável do professor Francisco Oliveira Silva Junior, que faz a reutilização da água. Só essa iniciativa alivia a preocupação com o recurso que a cada ano se torna mais escasso, principalmente no verão: a água.

Marcelo Pontes assegura que passos importantes para a implantação desse projeto foram dados. “Mas ainda precisamos ter uma instalação mínima, como galpão com estrutura metálica e alguns ambientes operacionais. Estamos buscando parcerias para tirar do papel essa iniciativa que terá grande impacto na qualidade de vida de muitas famílias e na economia do município”, afirmou.

Ele explicou que hoje, embora a região do Amajari concentre grandes produções na área de piscicultura, o principal entrave da cadeia produtiva é a oferta de alevinos para o pequeno produtor. “Temos produtores e algumas comunidades que já se dispuseram em doar matrizes para ajudar no projeto”, disse.