Cotidiano

Milho verde produzido em Roraima é vendido a R$ 1 nas feiras de Manaus

Em pleno mês das festas juninas, o milho verde, que é um dos produtos mais consumidos nessa época do ano, sofreu aumento de mais de 100% nas feiras

Em pleno mês das festas juninas, o milho verde, que é um dos produtos mais consumidos nessa época do ano, sofreu aumento de mais de 100% nas feiras de Manaus. Segundo comerciantes, a cheia dos rios causou a perda de boa parte da safra local, que é produzida na várzea. Agora o produto que abastece a cidade vem do vizinho estado de Roraima.

O milho verde local vem dos municípios próximos a Manaus, como Iranduba, Careiro da Várzea, Manacapuru e Autazes. Agora, o grão viaja centenas de quilômetros até chegar ao Estado. Com isso, a espiga que antes saía a R$ 0,40, chega a custar até R$ 1 nas feiras da cidade.

“Quando temos o milho regional, nós vendemos a saca do produto com 100 unidades no valor de R$ 35 ou R$ 40. Mas, agora, não tem como vender por menos de R$ 80, já que temos que pagar o frete do produto”, explicou o feirante Irineu Lima, de 57 anos, que trabalha na feira da Manaus Moderna, no Centro.

Outro feirante da Manaus Moderna, Ronison Nogueira, 37, também confirmou a falta do milho verde nesse período de cheias pela falta de estoque regional. Segundo ele, o grão produzido nas áreas de várzea de Iranduba, Manacapuru e Autazes, chegava em Manaus com preços mais em conta. “Atualmente, estou vendendo a espiga do milho a R$ 1. Mas, no momento, estou sem o produto. Estou esperando chegar uma carga do Estado de Roraima”, disse o feirante.

Segurando o produto

O vendedor Antônio Augusto Vieira, 53, da feira da Banana, contou que há 15 dias havia um bom volume de milho nas feiras do centro de Manaus, mas com a proximidade das festas juninas, o produto sumiu.

“Com o início das festas juninas, o milho desapareceu, mas, há um mês havia bastante o produto. Então, tudo leva a crer que o vendedor deve estar segurando para comercializar por um preço maior por esses dias”, observou o comerciante.

 

Fonte: Em Tempo/Amazonas