Cotidiano

Moradores cobram mais segurança em praças públicas de Boa Vista

Praça dos Bambus, Praça Matheus Yukio Sato e a Orla Taumanan foram os principais pontos citados pelos moradores

Moradores encaminharam a Folha denúncias sobre a falta de policiamento em locais públicos. Um deles é a Praça Matheus Yukio Sato, inaugurada no dia 11 deste mês, no bairro Centenário, zona Oeste, onde a guarita da Guarda Municipal nunca foi utilizada. A Praça dos Bambus e a Orla Taumanan também foram alvos das denúncias.

A Folha percorreu os locais e constatou a não utilização das guaritas. Na Praça Matheus Sato, não há sequer mobília ou sinal de utilização. Na Orla Taumanan, no Centro Histórico de Boa Vista, e na Praça dos Bambus, localizada no bairro São Francisco, zona Norte, moradores informaram que as guaritas chegaram a ser utilizadas durante certo tempo, mas que a segurança não prosseguiu.

BAMBUS – Um morador do bairro São Francisco relatou que a Praça dos Bambus é utilizada por famílias, principalmente a partir das 18h, quando o restaurante do local começa a abrir. “De vez em quando a gente observa algumas pessoas estranhas passando e até mesmo ficando um tempo por lá. É perigoso, a gente nunca sabe o que pode acontecer”, disse.

ORLA – Na Orla, a falta de policiamento nas guaritas possibilita a estudantes o livre acesso até mesmo em horário de aula. Além disso, os denunciantes explicaram que o uso de drogas é comum no local. “Eles costumam ficar juntos, às vezes na própria Orla e até debaixo dela. À noite não costuma ter tanta coisa, até porque muitas famílias frequentam a orla”, disse a servidora pública Fátima Gonçalves.

Insegurança e vandalismo são as preocupações no Centenário

Para os moradores que moram próximo à Praça Matheus Sato, recém-inaugurada, o problema se torna mais preocupante. Segundo o estudante Igor Marques, o problema maior são as galeras que usam drogas no local. Desde a inauguração, no último dia 11, ele contou que nunca viu a guarita ocupada. “Ontem mesmo o Bope [Batalhão de Operações Especiais, da Polícia Militar] revistou vários jovens. Não tem guarda. Como vão saber que tem problema aqui?”, questionou.

A dona de salão Rosário de Azevedo já enfrentou outros problemas. Ela explicou que os assaltos são corriqueiros no local. Há cerca de duas semanas, a filha mais velha foi assaltada à mão armada na frente da própria casa. “Ela chegou correndo em casa dizendo que tinha sido assaltada na praça. Eu fiquei desesperada. Sempre tem muito malandro que fica fumando e causando confusão aqui”, enfatizou.

Outra situação relatada pela mesma moradora aconteceu com a irmã dela. Indo para uma reunião da igreja na casa de Rosário, a irmã foi abordada por elementos que pediram sua bolsa. Ela implorou que a bolsa não fosse levada, tendo em vista que só carregava a mamadeira do neném, por isso foi liberada. “A mulher do meu vizinho também já foi assaltada, levaram R$ 400,00 da bolsa dela. E olha que ele é policial. Então eles não querem saber. Por que não tem guarda aonde precisa ter?”, indagou.

VANDALISMO – Com menos de duas semanas desde a inauguração, a Praça Matheus Sato, no bairro Centenário, já apresenta atos de vandalismo. Dois balanços foram quebrados e um dos brinquedos de gangorra danificado. Os moradores reclamaram da situação e frisaram que, se houvesse policiamento, a realidade poderia ser diferente.

Prefeitura diz que Guarda faz rondas constantes nas praças

Em nota, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Trânsito (Semsu) informou que a Guarda Civil Municipal realiza constantemente patrulhamento em todas as praças da Capital, inclusive na Praça dos Bambus e Orla Taumanan, nos horários de maior movimentação.

Com relação à guarita da Praça Matheus Yukio Sato, no bairro Centenário, a Semsu esclareceu que “está finalizando instalações no local e que, por enquanto, a Guarda Municipal está fazendo rondas periódicas na área”. (A.G.G)