Cotidiano

'Operação Dinizia' combate extração e comercialização ilegal de madeira

Fiscalização é um desdobramento da Operação Arquimedes, realizada pela Polícia Federal, no Amazonas, em janeiro deste ano

A Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), com o apoio da Cipa (Companhia Independente de Policiamento Ambiental), da PMRR (Polícia Militar de Roraima), realiza desde a última quinta-feira, 15, na região Sul do Estado, a Operação Dinizia, para combater extração e comercialização ilegal de madeira.

Segundo o diretor de Monitoramento e Controle Ambiental da Fundação, Rarison Barbosa, essa ação é um desdobramento da Operação Arquimedes, realizada em parceria pela Polícia Federal, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e MPF (Ministério Público Federal), em janeiro deste ano no Amazonas, que resultou na apreensão de 444 contêineres com madeira no Porto de Manaus.

A madeira confiscada no Estado vizinho era oriunda de Rondônia, de Roraima e do Amazonas e seria exportada para Europa e Estados Unidos. “Desse total apreendido no Porto de Manaus, 70% eram de Roraima. Após a operação, montamos uma equipe técnica, fizemos uma varredura no Sisprof (Sistema Integrado de Monitoramento e Controle dos Recursos e Produtos Florestais) /DOF (Documento de Origem Florestal), onde ficam armazenadas as informações das madeireiras, do quantitativo de madeira e do quantitativo de DOFs liberados”, explicou Rarison Barbosa.

De acordo com o diretor de Monitoramento e Controle Ambiental, após a realização de uma “varredura” no Sistema e também para apurar denúncias, a Femarh iniciou, no dia 15 deste mês, a Operação Dinizia, nos municípios ao sul de Roraima, onde há maior concentração de empresas madeireiras.

Em um dos locais fiscalizados no município de Rorainópolis, a equipe da Femarh constatou a existência de diversas irregularidades e a prática de crime ambiental de extração e serração ilegal de madeira. “Verificamos uma madeireira que, no Sistema, estava com o pátio zerado. Quando chegamos ao local, no dia 15, havia madeira beneficiada e em toras. Os funcionários se evadiram. Apenas o vigia permaneceu e passou para a equipe de fiscalização algumas informações”, disse Rarison Barbosa.

“Identificamos várias irregularidades. Fizemos apreensão de madeira, de contêineres, de caminhões, de carros e de máquinas que estavam dentro dessa madeireira. Além da apreensão, podemos multar e proibir a empresa de vender e transportar”, afirmou o diretor.

A presidente-interina da Femarh, Luiza Maura, também se posicionou sobre o início das atividades da Operação. “É importante esclarecer que a ação não abrange todo o setor madeireiro do município de Rorainópolis, onde a grande maioria opera dentro da legalidade e em parceria com a Femarh, mas apenas uma minoria que ainda persiste em agir na ilegalidade, desrespeitando a legislação ambiental e causando prejuízos ao setor e ao Estado”.