Cotidiano

Primeiro frigorífico privado do Estado está em fase de testes

O primeiro frigorífico e matadouro de propriedade privada do Estado, o Frigo 10, localizado no trecho sul da BR-174, na saída para Manaus (AM), está em fase final de testes e com a expectativa para o início de abates em escala comercial para até a primeira quinzena de setembro, segundo o empresário e diretor-presidente do investimento, Antônio Denarium.

“Alguns dias após as obras do frigorífico acabar, nós realizamos um abate experimental, no mês passado, com a fiscalização de membros do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Tudo ocorreu exatamente como planejado. A estrutura como um todo está pronta, mas ainda estamos cumprindo as últimas exigências observadas pelo ministério. São detalhes mínimos, relacionados aos carrinhos e que serão resolvidos até no máximo a metade do mês de setembro”, comentou.

O Frigo 10 é um investimento que já duram sete anos, fruto da parceria de dez empresários roraimenses do setor agropecuário: Antônio Denarium, Tiaraju Faccio, Antônio Parima, José Lopes, Ermilo Paludo, Clever Ulisses Gomes, Luis Faccio, Gilberto Bocchi, Luiz Coelho de Brito e Ronaldo Braga da Silva.

A motivação do ambicioso empreendimento é o descontentamento por parte dos empresários com o Matadouro Industrial e Frigorífico de Roraima (Mafirr) que, além de apresentar condições de higiene desfavoráveis, não consegue suprir a demanda diária de abatimentos que recebe.

“Ainda hoje precisamos mandar bois para serem abatidos em Manaus, pois o frigorífico do Estado não tem condições de abater mais de 200 cabeças por dia. Isso desestimula quem quer investir em pecuária aqui, no Estado, pois ter que pagar frete para abate de boi em outro lugar sai muito caro”, complementou Denarium.

O empreendimento custou uma média de R$30 milhões aos empresários e conta com o uso da mais alta tecnologia possível, o que fez o abatedouro ganhar a fama de o frigorífico mais moderno do Brasil enquanto ainda estava em obras. Segundo Antônio Denarium, o abatedouro terá a possibilidade de gerar emprego para pelo menos 300 pessoas de forma direta e podendo chegar à geração de renda de até cinco mil através de sua acessibilidade proposta para pecuaristas de pequeno porte.

O empresário José Lopes disse que já têm pessoas trabalhando por lá. Os funcionários estão sendo preparados por uma equipe encarregada da gerência geral do Frigo 10. “Desde julho estamos estruturalmente prontos para começar os abates em escala comercial. Neste momento, só estamos definindo os ajustes ditados pelo ministério para termos certeza de que a execução do abatedouro saia dentro de todos os conformes estabelecidos, sem maiores complicações”, afirmou.  (P.B)