Cotidiano

Projeto Acolher, da UFRR, oferece suporte a estrangeiros em Roraima

Acolher, promover e inserir na sociedade é o lema do Projeto Acolher, que ajudará sírios, cubanos, haitianos e venezuelanos em Roraima. Criado por professores e estudantes de vários cursos da Universidade Federal de Roraima (UFRR), o projeto oferecerá aulas de português, apoios jurídico e psicológico, aulas de artes visuais e corporais, promoverá campanhas de serviços e arrecadação de alimentos.

Os voluntários já passaram por treinamento e, nesta semana, os trabalhos começam, com o início das aulas de Português para estrangeiros. “Eles [voluntários] deverão ajudar os imigrantes em diversas atividades, como na produção de um currículo até a tramitação do pedido de refúgio junto ao Governo”, exemplificou o professor de Antropologia da UFRR, doutor José Carlos Franco.

As apostilas para as aulas de Língua Portuguesa foram produzidas pelo Projeto Acolher da Universidade de Brasília (UnB), que também auxilia imigrantes. Elas podem ser utilizadas por qualquer pessoa que queira ensinar o idioma para estrangeiros, mediante solicitação. “Ainda não temos recursos, mas esperamos sensibilizar parceiros”, explicou Franco.

Das três turmas de Português para estrangeiros, uma será instalada no Centro de Referência ao Imigrante, com aulas das 10h às 12h nas quintas-feiras. Outras duas turmas serão instaladas no Espaço Caimbé (na rua João Padilha, 1036, Caimbé), com aulas das 16h às 18h e das 20h às 22h, também às quintas.

Nestes horários e locais, os voluntários oferecerão suporte jurídico, psicológico e social, bem como aulas de artes visuais. Já as atividades esportivas acontecerão na UFRR: yoga, das 19h30 às 20h45 nas sextas-feiras na sala do Diretório Central dos Estudantes (DCE); e capoeira das 19h30 às 21h nas terças no Espaço de Cultura e Arte União Operária.

“Nossa intenção não é que os imigrantes neguem o próprio idioma, mas que adquiram o português como uma língua de acolhimento, pois muitos deles já se inseriram no mercado e têm moradia. Assim, a população dando aula para seus vizinhos e amigos, nas praças, nas igrejas, em qualquer lugar, será um verdadeiro mutirão de ensino de português”, sugeriu o professor. (N.W)

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