Política

Sem avanço nas negociações, servidores da Femarh paralisam atividades hoje

 Os servidores da Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh) paralisam suas atividades no dia de hoje, 6. O protesto é contra o silêncio do Governo do Estado em relação às reivindicações feitas por eles em janeiro e poderá se transformar em greve se, mais uma vez, eles não obtiverem esclarecimentos. Mesmo com a paralisação, 30% do efetivo trabalhará normalmente.

Em janeiro deste ano, eles paralisaram as atividades por um dia para reivindicar a realização de um concurso público, pois alegam déficit no quadro pessoal do órgão. Eles pedem também plantões noturnos e nos finais de semana, pois o horário de funcionamento atual, das 7h30 às 13h em dias úteis, é insuficiente para as ações de fiscalização ambiental. Outro pedido é a atualização do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), que é solicitado pelo Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Estado de Roraima (Sintraima) há dez anos.

No dia 8 de fevereiro, a diretoria da Femarh se reuniu com o Sintraima e apresentou proposta do Poder Executivo do Estado. O PCCR atualizaria os salários e melhoraria o adicional de gratificação até o final do ano, quando passaria pela Assembleia Legislativa para ser votado e sancionado. Uma comissão composta por alguns dos servidores também seria criada.

Mas, de acordo com o analista administrativo e contador da Femarh, Adriano Santos, quando o Sintraima foi verificar o andamento do PCCR, não obteve resposta. “Fomos à Casa Civil e ninguém sabe dizer como está o avanço, sendo que o processo já passou um mês no gabinete da governadora [Suely Campos]. Se não andou, nós queremos saber o porquê”, comentou. Ainda segundo Santos, se o Governo do Estado mantiver o silêncio haverá indicativo de greve na segunda-feira da próxima semana, 13.

OUTROLADO – Em nota, a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh) informou que o Projeto de Lei que equipara os salários dos servidores com os demais do Poder Executivo está sim em análise no Instituto de Modernização. “Essa etapa segue os trâmites normais, respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal. A governadora Suely Campos pediu prioridade aos projetos que envolvam equiparação de salários de servidores”, disse. (N.W)