Política

Taxas cobradas para uso de Vila Olímpica geram atritos entre vereadores e Prefeitura

Um pedido de esclarecimento sobre as taxas cobradas para uso da Vila Olímpica Roberto Marinho quase termina em briga na Câmara Municipal de Boa Vista entre os parlamentares da base aliada e o Poder Executivo municipal. Alguns dos parlamentares alegam perseguição por não terem votado no candidato apoiado pela prefeita Teresa Surita para a eleição da Mesa Diretora da Casa.

Os vereadores Wagner Feitosa (SD) e Idázio da Perfil (PP) apresentaram requerimento para que o presidente da Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura (Fetec) prestasse esclarecimentos, que foi aprovado por 11 votos.

De acordo com os vereadores, o município não está atendendo aos ofícios encaminhados por eles pedindo o complexo esportivo para a prática das ações sociais.

“O motivo de fazermos o requerimento é que, desde o começo de fevereiro, estamos solicitando a liberação da Vila por meio de ofícios e nunca somos atendidos pela Prefeitura. Os ofícios não são respondidos e o projeto deixou de fazer suas ações”, relatou Feitosa.

O parlamentar explicou que deixou de arrecadar mais de duas toneladas de alimentos durante as competições esportivas que eram realizadas na vila e muitas famílias foram prejudicadas. “Apenas pelo fato do superintendente das Fetec não abrir a vila e não atender os requerimentos que mandamos”, afirmou.

Wagner Feitosa explicou ainda que as taxas que a Fetec vem cobrando para usar uma área da Vila Olímpica, seja campo ou quadra, são altíssimas, algumas vezes ficando acima de R$ 1 mil. “O que é absurdo por ser um espaço público usado para esporte e ações sociais. Acredito que isso seja por perseguição por não termos votado no candidato da prefeita para a presidência da Câmara. Essa atitude não está prejudicando nós vereadores, mas sim a população, que precisa dessas ações sociais para receber alimentos e benefícios”, concluiu o vereador.

Idázioda Perfil foi mais amistoso e afirmou que não existe rixa com o Executivo. “O vereador tem o papel fiscalizador e a população questiona. O secretário tem que vir justificar a cobrança e não pode se omitir de dar informação para vereador”, assegurou.

OUTRO LADO – A reportagem da Folha procurou a Prefeitura de Boa Vista, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno.