Política

“Temer condena Roraima a sofrer sem energia segura e confiável”, diz Ângela

Pronunciamento da senadora foi feito na semana em que diversos apagões foram registrados no Estado

Em pronunciamento feito na Tribuna do Senado, a senadora Ângela Portela (PDT/RR) criticou o governo do Presidente da República, Michel Temer, pela falta de atenção às demandas de Roraima, no tocante à energia elétrica, o que condena Roraima a viver sem energia segura e confiável.

Segundo a senadora, Roraima não aparece no plano de investimentos federais, na ordem de R$ 12,8 bilhões, lançado há poucos meses, pelo governo Temer. “Neste plano de investimentos, que tem previsão de licitações em pelo menos 35 novos lotes de linhas de transmissão de energia elétrica, em outras regiões, o Governo não destinou para nós, do estado de Roraima, um único metro de fio para interligar nosso estado ao sistema nacional de energia elétrica”, reclamou, ressaltando que Roraima é a única unidade da federação que não é ligado ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

De acordo com a senadora, esse descaso com Roraima “acontece” mesmo diante das frequentes alertas feitas ao Governo Federal sobre as deficiências de Roraima no setor energético. “Boa Vista é a única capital brasileira que não tem energia do sistema interligado e que sofre com este isolamento.

Imaginemos, como padece a população no interior do Estado”, criticou, lembrando os frequentes apagões, que voltaram a atormentar a população do Estado nos últimos dias.

A senadora destacou que o problema energético de Roraima é do conhecimento do Governo Federal, que ainda assim não toma uma decisão. “O governo é conhecedor da situação, tanto que o presidente Temer prometeu à governadora Suely Campos e à bancada federal, desengavetar, em um mês, o processo para a construção do Linhão de Tucuruí, obra que vai ligar Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN), a partir de Manaus”, lembrou.

Em sua opinião, a inércia do governo Temer condena Roraima a ser eternamente dependente do fornecimento de energia elétrica de Guri, na Venezuela, país que vive no momento, uma de suas piores crises. “Essa inércia do Governo Federal condena a população de Roraima a conviver com energia de origem termelétrica, dispendiosa, poluidora e sujeita a oscilações radicais”, disse a senadora.

Ela concluiu afirmando: “Lamentavelmente, não se vê sensibilidade do governo para nos ajudar a tornar Roraima respeitado, com energia segura e confiável, que possa fazer os investimentos necessários ao desenvolvimento e à promoção das famílias do Estado”.