Cotidiano

Acadêmicos cobram melhorias no curso de Enfermagem da UFRR

Acadêmicos do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Roraima (UFRR) protestaram, ontem pela manhã, por melhorias e reforma do curso. A mobilização ocorreu em frente ao prédio da Reitoria. Entre as principais exigências estão a contratação de professores e técnicos administrativos por meio de concurso público, livros e materiais para laboratórios. 

Os estudantes se vestiram com trajes pretos para simbolizar luto e exibiram cartazes de protesto. Segundo eles, a mobilização visa sensibilizar a Reitoria para solucionar problemas considerados urgentes e que não teriam recebido a atenção adequada. Conforme um dos organizadores, Yan Millan, as pautas exibidas pelos estudantes são fundamentais para o funcionamento com qualidade do curso.

“Já enviamos documentos de planejamentos e não fomos atendidos. Desta forma, nos sentimos prejudicados com a falta dos recursos básicos disponibilizados para os acadêmicos de enfermagem. Nosso período de internato se tornou precário. Não temos o profissional preceptor que é pago através das bolsas que são de responsabilidade da UFRR”, disse.

Conforme a acadêmica Beatriz Nina, que cursa o último ano de Enfermagem, as reinvindicações têm acontecido desde o início do curso, em 2012. “Essas manifestações acontecem todo ano. Há falta de materiais no laboratório e o nosso quadro de professores é bem reduzido”, frisou.

Para se formarem, alunos relataram que precisam concluir o processo de estágio obrigatório exigido pelo curso de enfermagem. De acordo com o calendário acadêmico da instituição, o período de internato dos acadêmicos iniciou no dia 6 de março, mas os estudantes não poderão continuar por falta de recursos financeiros custeados pela UFRR para pagamento dos preceptores.

O preceptor é o profissional de nível superior responsável pela integração teórica e prática no campo de estágio ou residência. Ele ensina, supervisiona, orienta e conduz o acadêmico da área de saúde na prática da futura profissão.

Os estudantes ainda reivindicam o Projeto Político Pedagógico (PPP) do curso e a avaliação por parte do Ministério da Educação e Cultura (MEC), que foi considerada baixa.

UFRR – Conforme a pró-reitora de Ensino e Graduação da UFRR, Lucianne Vilarinho, o quadro efetivo de professores do curso de Enfermagem é composto por doze docentes. Para ampliação do quadro de docentes é necessária a descentralização do código de vagas estabelecidas pelo Governo Federal.

“A UFRR não possui autonomia para contratar professor efetivo se não for dada liberação a partir dos órgãos federais por meio do código de vagas. Somente a descentralização de vagas permite o trâmite para realização de concurso público”, ressaltou.

Segundo ela, os recursos gastos em 2017 foram usados das medidas planejadas em 2016, situação pela qual causou atraso no empenho de pagamentos dos preceptores neste ano. Em relação à solicitação de livros para a biblioteca, ela disse que docentes, por meio dos coordenadores dos cursos, devem encaminhar as solicitações para a direção da biblioteca para aquisição de compras dos livros específicos.

Segundo a avaliação baixa apontada pelos acadêmicos de Enfermagem, a pró-reitora destacou que o conceito do curso em relação ao MEC foi considerado positivo. “O curso tirou a média 3, considerada boa. Esperamos melhorar o desempenho do curso de Enfermagem para atingir a nota máxima”, disse. (M.A)