Polícia

Agente do CSE denuncia que criminosos tentaram arrombar sua casa para matá-lo

A tensão envolvendo ameaças a agentes socioeducadores tem sido cada vez maior após a divulgação de uma carta em que aparecem listados nomes de vários servidores que trabalham no Centro Socioeducativo (CSE), na zona rural de Boa Vista, que estariam marcados para morrer a mando de uma facção criminosa.

Na noite do dia 20, um agente procurou a polícia para denunciar que criminosos tentaram arrombar a residência dele, localizada no bairro Alvorada, na zona Oeste de Boa Vista. Ele denunciou que o nome dele já foi relacionado em duas listas feitas por integrantes de facções criminosas que teriam contato com internos do CSE.

A lista relaciona vários servidores como alvos de execução. Conforme relatou o agente aos policiais, os criminosos só não conseguiram entrar na residência dele devido as portas estarem com cadeados internos. O caso foi registrado no Plantão Central, e deverá ser encaminhado ao 4º Distrito Policial para ser investigado pela Polícia Civil.

LISTA – A Folha divulgou, no início mês, que uma lista denominada “Livro da Morte”, foi encontrada no Centro Socioeducativo. À época, a direção do CSE acionou a Polícia Civil para investigar o teor do bilhete apreendido por agentes socioeducadores. No texto, o crime organizado combinava a execução de agentes que atuam no CSE.

A folha com anotações apreendida apresentava nomes de pelo menos 13 trabalhadores do local que estariam marcados para morrer. Os responsáveis por tramar as mortes seriam integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), que domina a Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (Pamc).

Na carta, os criminosos escreveram: “Esta é a lista a ser entregue com urgência à Central de cobrança do PCC devido à opressão sofrida no CSE, juntamente com o apoio de todos os irmãos que se encontram nesta unidade prisional”. As execuções estariam planejadas para ocorrerem nos meses de junho e julho deste ano.

Na ocasião, em 8 de junho, a informação foi confirmada pela Secretaria Estadual do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes), que explicou que a polícia é a instituição competente para promover as diligências e apuração do fato.