Polícia

Alimentação continua racionada

Desde sábado, detentos recebem uma refeição por dia; Ontem duas marmitas eram divididas por cinco presos

A denúncia publicada na edição de ontem, dia 18, da Folha de que presos estariam com o fornecimento de comida limitado na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), na zona Rural de Boa Vista, ainda não teve solução. Na tarde de ontem, a reportagem recebeu uma nova denúncia.

O denunciante destacou que os detentos não tomaram café da manhã. Já o almoço foi servido, ocasião em que duas marmitas tinham que ser divididas para cada cinco presos que vivem nas celas.

A empresa QualiGourmet Refeições informou que a gerente entraria em contato com a Folha, mas até o momento a reportagem não conseguiu esclarecer junto aos administradores sobre as causas do racionamento de comida, embora um dos denunciantes tenham declarado que o governo não tinha feito os repasses dos recursos para a compra dos mantimentos.

A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) enviou nota explicando que parte dos recursos já tinha sido transferida para a empresa. A juíza da Vara de Execuções Penais (VEP) requisitou que a Sejuc e a QualiGourmet informem os dias em que os presos ficaram sem alimentações, cobrando informações das partes que competem explicar as razões pelas quais o impasse perdura.

Além disso, a magistrada reforçou que são corriqueiras as denúncias relacionadas à falta ou racionamento de comida. Diante do quadro, os presos continuam se recusando a participar das audiências com a Justiça, comprometendo o andamento dos processos criminais.

O denunciante contou que uma autoridade judicial autorizou que as famílias entrassem no presídio com uma peça de chambari, um quilo de arroz e um quilo de feijão para serem entregues aos parentes presos, mas até o fim da tarde dessa quarta-feira, a demanda não foi atendida.

A reportagem não conseguiu contato com a empresa para saber se há data prevista para o fornecimento de alimentação ser normalizado. (J.B) 

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