Polícia

Apenas três suspeitos de ataques criminosos foram detidos em um mês

Investigações continuam e envolvem Polícias Civil, Militar e Federal

Há um mês, pessoas ligadas a facções criminosas promoveram uma série de ataques a prédios públicos e privados em Boa Vista. O modo de operação desses criminosos foi basicamente o mesmo: coquetel molotov. Até o momento, duas pessoas foram presas e, de acordo com a Polícia Civil e Polícia Federal, as investigações continuam, mas nenhum detalhe pode ser repassado para que não haja interferência.

Segundo a Polícia Civil, no dia 2 de maio, o Grupo de Resposta Imediata (GRI) identificou e prendeu uma adolescente de 18 anos, suspeita de envolvimento nos ataques ocorridos em uma delegacia e em duas agências bancárias. Dois dias depois, dois jovens suspeitos da participação no ataque à agência da Caixa Econômica Federal, localizada na Ataíde Teive, foram flagranteados pela polícia, sendo um jovem de 19 anos e um adolescente de 16 anos, que foram apreendidos.

“Continuamos em diligências para prender todos os suspeitos responsáveis pelos ataques ordenados e orquestrados por integrantes de organização criminosa em Boa Vista nos últimos meses”, informou a Polícia Civil, acrescentando que as investigações continuam e, a qualquer momento, outros suspeitos dos atentados serão presos e levados à Justiça para responderem por seus atos.

Para dar celeridade às investigações e evitar que a onda de ataques cresça na capital, a Polícia Civil determinou diretrizes de ação que serão seguidas pelos agentes. No entanto, tais medidas só serão publicadas após a prisão de novos criminosos.

POLÍCIA FEDERAL – A Folha entrou em contato com a Polícia Federal, a quem compete a investigação de crimes em órgãos ligados à União, para saber sobre o andamento das investigações do ataque à agência da Caixa Econômica Federal. Por meio de nota, a superintendência do órgão em Roraima informou que, “em razão da necessidade de preservação do sigilo das diligências, não divulgará mais informações sobre o caso”.

PM – A Polícia Militar de Roraima também está auxiliando nas investigações. Por meio de nota, o Governo do Estado informou que a PM está com todo seu efetivo nas ruas da cidade atuando no policiamento ostensivo para inibir a atuação de criminosos. Destacou ainda, que setores de inteligência dos órgãos de segurança do Estado estão trabalhando em conjunto para encontrar o restante dos autores dos ataques e efetuar as prisões.

CASOS – O primeiro ataque aconteceu no dia 27 de abril, quando membros de uma facção atacaram três pontos da cidade: uma guarita da Guarda Municipal, situada no terminal de ônibus João Firmino Wanderley, e uma agência bancária, ambas situadas no Centro; e a sede do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (NPCA) da Polícia Civil, no bairro Tancredo Neves.

O segundo crime aconteceu um dia depois. Desta vez, o ataque aconteceu contra a agência da Caixa Econômica Federal, localizada na Avenida Ataíde Teive, no bairro Asa Branca. Os criminosos quebraram o vidro da agência e atiraram a bomba. Alguns dias depois, no dia 4 de maio, um novo ataque aconteceu na Avenida Princesa Isabel, bairro Santa Tereza, contra um caixa eletrônico.

O crime mais recente foi registrado na madrugada do dia 21 de maio. O prédio que abrigará a nova sede do 3º Distrito Policial, localizado na Avenida São Sebastião, no bairro Santa Tereza, foi atacado. (C.C)