Polícia

Após salvar jovem de assalto, Pedreiro pode morrer por falta de cirurgia

Familiares denunciam falta de atendimento no HGR e afirmam que até agora a vítima, que é pai de 5 filhos, não foi operado

Os familiares do pedreiro Reinison Soares Magalhães, 27 anos, baleado nesta sexta-feira, 20, enquanto perseguia um adolescente que tinha furtado uma mulher, denunciaram que até agora a vitima não recebeu o atendimento devido apesar de estar em estado grave.

O Auxiliar administrativo Charles Almeida, cunhado do pedreiro, contou que desde o momento em que deu entrada na unidade hospitalar, ele espera por cirurgia.

“Desde ontem que falam que ele vai ser operado e não operam pois o médico não veio. Primeiro disseram que ia ser as 20 horas e nada. Minha sogra saiu de lá meia noite e ele ainda estava no trauma esperando e até agora nada de falarem sobre a cirurgia. Ele está desde ontem com a bala alojada dentro dele, é pai de 5 filhos e é triste passar por isso”

Charles disse ainda que quando o paciente deu entrada no hospital, esperou mas de duas horas para que aparecesse um médico para avaliar seu caso.

“Primeiro falaram que não tinha energia no centro cirúrgico, em seguida disseram que a energia tinha voltado, mas que tinha uma pessoa para ser operada na frente dele e até hoje nada. Ontem ele começou a sentir falta de ar e a passar mal” explicou afirmando que até para baterem um raio x da vítima, a esposa precisou ‘fazer barraco’.

O CASO – Reinison Soares Magalhães de 27 anos foi baleado no peito na tarde desta sexta-feira (20) no bairro Cidade Satélite em Boa Vista após perseguir um adolescente de 16 anos suspeito de assaltar uma jovem de 18 anos que estava o filho, um bebê de quatro meses. O menor foi apreendido

Após disparar um tiro no peito do pedreiro. A arma que ele portava, um revólver calibre 38, foi apreendida com duas munições intactas.

OUTRO LADO – A Direção do HGR (Hospital Geral de Roraima) esclareceu por meio de nota, que o referido paciente chegou à Unidade por volta das 15 horas dessa sexta-feira, 20, num tempo médio de dez minutos, a equipe médica fez a primeira avaliação e também um exame de Raio-X. Como o paciente não apresentava, desde a entrada, sinais clínicos de instabilidade nem risco de morte, as equipes clínica e cirúrgica, seguindo protocolos, decidiram pela conduta conservadora, mantendo o paciente em observação, avaliando o momento ideal, para definir o procedimento cirúrgico. Nesse intervalo, ele já foi reavaliado três vezes por cirurgiões e encontra-se na Área Verde do Hospital, fora de perigo, realizando, inclusive, atividades como falar ao celular.

A Direção da Unidade de Saúde entende a aflição dos familiares, porém, orienta que, antes de divulgar informações em redes sociais e para imprensa, procurem a Administração ou a Ouvidoria, para esclarecimentos, pois o Hospital prioriza atendimento eficiente e digno à população.

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