Cotidiano

Após ser mordida por gato, professora não consegue vacina antirrábica

Após ter o braço mordido por um gato, a professora Bruna Barros, de 35 anos, foi instruída por um médico a procurar pela vacina antirrábica em unidades de saúde. Bruna percorreu a cidade atrás da vacina, indo a três postos de saúde: Olenka Macellaro, Dr. Hélio Macêdo e Caranã. No entanto, em nenhum conseguiu ser atendida pela falta da medicação ou por profissional que aplicasse a vacina.

“Após o ocorrido, eu fui ao médico e ele receitou quatro doses da vacina antirrábica. Fui ao posto de saúde mais próximo de casa, o Olenka Macellaro. Lá a recepcionista disse que não tinha vacinador e pediu para procurar outra unidade”, contou a professora.

Sendo encaminhada a outro posto de saúde, Bruna chegou ao posto Dr. Hélio Macêdo, onde foi informada que a pessoa responsável por aplicar as vacinas teria saído para resolver problemas pessoais. “Eles simplesmente disseram que não seria possível porque a vacinadora tinha se ausentado porque sua filha não estava bem. Perguntei se tinha outra pessoa para realizar o procedimento e disseram que não poderiam fazer nada e tinha que procurar outra unidade”, disse.

Durante a peregrinação, já no terceiro posto de saúde, o Caranã, a professora também não conseguiu atendimento. “Fui extremamente mal atendida. A atendente informou não ter vacina e nem vacinador. Eu perguntei a ela o que eu deveria fazer, pois já chegará a hora de ir ao trabalho, sendo esta a terceira unidade a procurar. Sabe o que ela disse? Ela disse que isso era um problema meu”, comentou. “Isso é inadmissível, de deixar qualquer pessoa indignada. Imagina outra pessoa passar pela mesma situação e não ter como se deslocar a outros lugares. Graças a Deus eu tive como ir. E quem não tem condições de pagar um ônibus? É um absurdo!”, reclamou.

Se não for tratado de imediato/corretamente, a mordida de um animal com raiva pode manifestar diversas situações como febre moderada, cefaleia (dor de cabeça difusa), tontura, sensação de mal-estar geral, com dores generalizadas pelo corpo entre outros, além de dor de garganta, disfagia e/ou odinofagia (dificuldade e/ou dor ao deglutir), salivação excessiva, tosse seca, rouquidão e pigarro.

OUTRO LADO – Por meio de nota, a Prefeitura de Boa Vista esclareceu que os estoques da vacina antirrábica humana estão regulares em todas as unidades de saúde. “Lembramos ainda que a profilaxia antirrábica deve ocorrer após uma avaliação médica em qualquer unidade de saúde. O profissional vai indicar o esquema de acordo com o caso verificado”, informou.

“Ressaltamos ainda que as salas de vacina das unidades Olenka Macellaro, Caimbé, e Mariano de Andrade, Caranã, estão funcionando normalmente nos horários da tarde e noite. Em relação à sala de vacina da unidade Hélio Macêdo, Jardim Caranã, informamos que por questões pessoais, a profissional vacinadora precisou se ausentar. Todas as unidades possuem todos os estoques das vacinas essenciais”, reforçou. (E.M)