Cotidiano

Aposentada que mora no Pará procura por familiares após 30 anos sem contato

Familiares de Permina Pereira mudaram-se para Boa Vista para trabalhar na construção de estradas há três décadas

A aposentada Permina Pereira da Silva, de 71 anos, procurou a Folha para pedir uma ajuda: encontrar parte da família após 30 anos sem ter nenhum contato. Ela é nascida na cidade de Esperantina (MA), mas reside há muitos anos no interior do Pará, na cidade de Xinguará, pouco mais de 900 quilômetros de Belém.

O pedido de ajuda chegou através de uma carta redigida à mão e entregue pela sobrinha de Permina, a professora de informática Tamires Gomes. “Eu moro em Boa Vista e, quando fui passar férias no Pará, no mês passado, minha tia-avó me pediu que ajudasse a encontrar esses parentes. Ela escreveu uma carta com o nome de cada um deles e me entregou. Como a Folha publica esse tipo de matéria de vez em quando, resolvi tentar”, disse.

A carta foi escrita no dia 4 deste mês. Em um trecho do documento, a aposentada pede notícias de oito pessoas. “Tem mais de 30 anos que perdi o contato com meus parentes por parte de pai. São eles: Sebastiana, irmã do meu pai, que se chamava Gentil. Ela tem três filhos: José, Dominga e Maria, que atende pelo apelido de ‘Mariô’. Também busco notícias do meu tio Antônio, conhecido como ‘Mingolô’, irmão da minha mãe, que se chamava Maria. Os filhos do meu tio são: Raimunda, conhecida como Mundicota, Francisco e João Pequeno”, diz a carta.

A Folha entrou em contato com a aposentada por telefone. Permina relatou parte de sua história de vida. Hoje ela vive apenas como dona de casa, é viúva e teve oito filhos. Após a morte do marido, Teodoro, ela mudou-se para o Pará. Pouco tempo depois, boa parte de seus familiares mudou-se para Boa Vista. Essa foi a última informação que a aposentada teve.

“Meus parentes foram embora para Roraima trabalhar na construção das estradas na época. Isso aconteceu através do marido da minha prima Mundicota, chamado André. Ele já trabalhava no ramo e conseguiu emprego para os demais… Depois disso, nunca mais ouvi falar de nenhum deles. Hoje estou idosa, mas queria muito saber sobre eles e poder encontrá-los ao menos mais uma vez”, pediu.

Marinalva Silva é uma das filhas de Permina e reside ao lado da mãe, no interior do Pará. “Minha mãe procura esses familiares há muito tempo, desde quando éramos crianças. Nós [filhos] nunca conhecemos nenhum deles. Com esses apelidos de cada um, será fácil encontrar. Queríamos muito uma doação de passagens para ir até Boa Vista conhecê-los. Se não conseguirmos, vamos dar um jeito de comprar as passagens. O mais importante é saber se estão bem e se ainda continuam em Boa Vista. Queremos notícias e ajuda de quem souber algo”, disse a filha.

Qualquer informação que possa ajudar Permina a encontrar seus familiares pode ser enviada para o telefone (94) 99148-7415.