Cotidiano

Atraso no pagamento do Crédito do Povo prejudica beneficiários

Sem receber o valor referente ao mês de outubro, beneficiários temem que o pagamento de novembro também não seja efetuado

Beneficiários do Crédito do Povo denunciaram à Folha o atraso no pagamento referente ao mês de outubro. Conforme relatos, pelo fato de o pagamento do benefício ser feito de acordo com o dígito final do cartão utilizado para o saque, o atraso está prejudicando as famílias que se programaram em cima da data prevista. Os denunciantes temem que o pagamento referente a novembro também não seja realizado.

Segundo uma beneficiária, que preferiu não se identificar, se o pagamento do mês de novembro for realizado em dia, o dinheiro deve estar disponível neste sábado, 11. Do contrário, os beneficiários vão completar dois meses sem receber o recurso. Por mês, o programa do Governo do Estado auxilia cerca de 38 mil famílias de Roraima e injeta, aproximadamente, R$ 4,5 milhões na economia local.

A beneficiária explicou que participa do programa há dois anos e que os atrasos começaram a partir do meio deste ano. No mês de setembro, entretanto, o pagamento ocorreu normalmente. “Até agora não recebemos notícias do pagamento de outubro e também não há previsão para o pagamento de novembro”, disse.

A usuária do Crédito do Povo relatou que utiliza os R$120,00 que recebe com o supermercado. Contudo, diante do atraso de quase dois meses, ela frisou que está passando por dificuldades junto ao marido e as três filhas na casa onde mora, no bairro Pricumã. Para amenizar a situação, contou que ela e o marido procuram por bicos e diárias, ela como doméstica e ele como ajudante de pedreiro.

Outra beneficiária, que também preferiu não se identificar, ressaltou que não tem como viver apenas com o dinheiro do programa, mas que considera a quantia recebida um auxílio mensal em razão da situação de vulnerabilidade que passa. “Se a gente não precisasse, não estaria recebendo. Eles podiam pelo menos dizer que o calendário não serve mais, porque ficamos aqui esperando respostas que não chegam”, lamentou.

OUTRO LADO – A Folha entrou em contato com o Governo do Estado para obter informações do caso, mas até o fechamento desta matéria, às 18horas, não obteve respostas. (A.G.G)