Cotidiano

Aumenta movimento de bazares em BV

Alternativa de venda de produtos usados cresceu nos últimos meses como forma de fugir da crise econômica

Antigamente, o termo bazar era associado à venda de produtos usados, com pequenas avarias, em lojas empoeiradas e cheias de caixas empilhadas. Este quadro vem mudando rapidamente, com o crescimento do movimento de bazares como forma de fugir da crise econômica.

Para os organizadores, o bazar além de viabilizar o descarte de peças encostadas no armário, se tornou em alternativa de renda extra para sanar dívidas e investir em outros negócios. É o caso do estudante de Publicidade e Propaganda, Dyego da Silva Franco, que decidiu montar um bazar com mais duas amigas, cada um com um propósito.

“A gente procurou roupas com amigos, outras pessoas, para poder juntar dinheiro. A minha intenção é pagar a minha faculdade e, das minhas amigas juntarem dinheiro para investir em um negócio, que precisa de um capital inicial”, informou.

Segundo Dyego, há cerca de dois meses o trio investe na criação do bazar, juntando produtos e focando na divulgação através de perfil no Instagram, que acabou se tornando uma forma mais rápida e eficaz de divulgar as vendas.

“Ficou definido que cada um ficaria responsável pela administração da página, seja respondendo os posts, postando ou publicando fotos. Procuramos atrair o público, fotografamos as peças com uma amiga nossa sendo modelo das roupas, com iluminação natural e imagens dos produtos”, explicou. “A gente conseguiu o número de seguidores até maior do que esperávamos e com várias pessoas interessadas nas peças”, completou.

Outra organizadora, Yrla Gentil, também responsável por um bazar, decidiu criar o comércio como um hobby e para auxiliar no pagamento das contas da família. “No momento, como estou desempregada, estava ficando mais em casa cuidando das crianças. Acabei tendo essa ideia para ter uma renda”, informou. “O pessoal aproveitou para comprar, consegui um número grande de seguidores. Para mim, é uma forma válida de economia”, ressaltou.

COMPRADORES – Segundo Dyego, o perfil dos compradores de bazar é de pessoas jovens, do gênero feminino, que gosta de se vestir bem e pagar pouco por isso, considerando que os artigos femininos normalmente são os mais caros. “É difícil a gente encontrar uma pessoa com mais idade se interessar pelos produtos”, informou.

É o caso da estudante de Enfermagem, Carolynne Dias, que aproveita os bazares para economizar e gastar pouco em produtos mais caros. “Gosto de ficar de olho em roupas, sapatos e bolsas e sempre acompanho o movimento dos bazares aqui em Boa Vista”, informou.

Segundo a estudante, essa é uma prática que costumava fazer com as amigas e levou para sua vida. “Quando era mais nova, costumava fazer muito isso. Ia para casa da amiga, levava uma sacola de roupas e voltava com outra, a gente ia trocando. Às vezes a gente compra uma roupa e se apaixona na loja, mas depois vê que se deixou levar”, disse.

A dica, segundo a jovem, é ficar atento à qualidade dos produtos no momento da compra, olhar costuras, procurar por manchas e pequenas irregularidades principalmente no caso de bazares online que podem esconder possíveis avarias e, se possível, pesquisar antes pelo produto para saber a média do preço que ele foi adquirido. (P.C)