Cotidiano

Avião que vinha para Boa Vista faz pouso de emergência em Brasília

Um avião que decolou de Brasília em direção a Boa Vista, com 130 passageiros, teve que sobrevoar pelo céu da Capital Federal por mais de duas horas, na madrugada de ontem, 23, por problemas técnicos no trem de pouso. A aeronave, que saiu às 23h05 com destino a Roraima, pediu para retornar ao Aeroporto Juscelino Kubitscheck (JK) dez minutos após a decolagem. Para pousar com segurança, o combustível teve que ser consumido.

Perto da meia noite de segunda-feira, um dos colaboradores do serviço de compartilhamento de voos online foi avisado que o voo G3 2020 estava com problemas. Após o aviso, o acompanhamento foi iniciado. Ele explicou à Folha que o avião decolou com peso máximo de 70 toneladas, distribuídas entre pessoas, carga e tanque cheio, e que por uma falha técnica o avião não recolheu o trem de pouso na decolagem.

Em situações como essa, o procedimento é deixar a aeronave o mais leve possível, a fim de evitar um colapso do trem de pouso no retorno ao aeroporto. “Como ninguém sabia o que tinha acontecido com o trem, foi feita a recomendação para que o piloto diminuísse a quantidade de combustível, até para fazer as verificações que o manual da aeronave pede”, informou.

Conforme a fonte, o que aconteceu com a aeronave pode ocorrer com qualquer avião. “Também não é considerada tão grave assim. Só requer atenção, por se tratar do trem de pouso”, frisou. Após o retorno ao JK, os 130 passageiros foram levados a um hotel e reacomodados em um voo reforço que saiu por volta de 14h, no horário de Brasília.

RETORNO – A chegada em Boa Vista aconteceu às 15h12, horário local, 30 minutos após o previsto. Os passageiros informaram que a viagem de volta foi tranquila, sem nenhum problema.

O professor Moisés Gonçalves foi um dos 130 passageiros do voo G3 2020. Após ter saído de São Luís, no Maranhão, ele informou que o voo atrasou mais de 40 minutos para sair de Brasília e, logo após a decolagem, já começou a girar em volta da cidade. Uma hora depois, e sem saber o que estava acontecendo, perguntou de uma aeromoça o motivo. A comissária confirmou o problema no trem de pouso e a necessidade de voltar.

“Ficamos preocupados porque, pelo problema de não fechar quando subiu, poderia dar problema na hora de descer. Rodamos por mais de três horas”, disse. O professor explicou que só após a explicação da comissária o comandante informou que estava tudo bem e que, pelo problema técnico, recebeu a recomendação de voltar. “Ficamos apreensivos porque ninguém chegou a explicar nada, nem com uma mensagem para tranquilizar. Foram 24 horas só para chegar em casa”, ressaltou. (A.G.G)