Cotidiano

BASA aloca R$ 150 milhões para financiamentos em RR

Estado foi contemplado com 22 projetos sustentáveis com aporte de crédito para financiamento em várias regiões

Neste ano de 2018, o volume de recursos disponibilizados pelo Banco da Amazônia (Basa) para os estados que integram a região é superior a R$ 8,3 bilhões em crédito de curto, médio e longo prazo. Deste total, R$ 2,6 bilhões são de crédito comercial e mais de R$ 5 bilhões são oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), com novidades como o financiamento estudantil (FIES) e Energia Solar (Fotovoltaica). 

Do bolo de recursos para a região, Roraima conta com mais de R$ 150 milhões em financiamentos dos quais, R$ 143 milhões oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).

O presidente do Basa, Marivaldo Melo, considera um avanço importante a disponibilização das novas linhas. “A ampliação do acesso à energia fotovoltaica para todo cidadão é importante, pois favorece o desenvolvimento regional e valoriza a energia limpa. Agora, está mais fácil qualquer interessado instalar em sua residência placas de energia solar para uso desse tipo de energia”, comentou.

Outra novidade é o repasse de recursos do FNO a instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, no caso, podem ser: bancos, cooperativas e Agências de Fomento, como é o caso da Agência de Desenvolvimento de Roraima (Desenvolve RR).

Estas instituições devem possuir limite de crédito para fins de repasse e passarão pela análise do banco. “Essa iniciativa possibilitará o atendimento de um número maior de pessoas com os recursos do FNO, uma vez que as Instituições operadoras atuam com maior capilaridade”, informou o presidente.

Por meio de convênio, a partir deste mês, as Cooperativas de Crédito da região podem operar com recursos do FNO, repassados pelo Banco da Amazônia. Esse convênio teve o valor de R$ 40 milhões e contempla regiões rurais e urbanas, inclusive pequenos e grandes empreendedores e produtores. Pelo convênio, o Banco da Amazônia repassará os recursos às instituições operadoras com base nos cronogramas de desembolso das operações por estas contratadas ou em periodicidade preestabelecidas entre as partes.

O superintendente regional dos estados do Amazonas e Roraima, Nélio Gusmão, informou que neste ano há ainda a linha do FINEP-Inovacred, Financiadora de Estudos e Projetos, empresa pública de fomento à ciência, tecnologia e inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas, sediada no Rio de Janeiro. “O Banco conta com R$ 30 milhões para fomentar a inovação por parte de empresas e startups”, explicou.

Em 2017, Roraima foi contemplado com R$ 99 milhões, dos quais foram contratados R$ 35 milhões, vinculados ao agronegócio, comércio e serviços oferecidos às micro e pequenas empresas locais. “Dos mais de R$ 5 bilhões do FNO, operado com exclusividade pelo Banco, mais de 70% serão aplicados em municípios com comprovada carência econômica e social, conforme previsto na Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) do Governo Federal, que visa reduzir as desigualdades entre as regiões brasileiras e promover maior equilíbrio no acesso a oportunidades de desenvolvimento. E desta forma estaremos contemplando os estados que integram a Amazônia”, informou. (R.G)

Roraima foi contemplado com 22 projetos sustentáveis

No plano, foram elencados 22 projetos sustentáveis prioritários para Roraima, apontados como potencialidades. Dentre elas, a agricultura/agronegócio (soja, milho, sorgo, milheto, girassol, arroz, algodão e feijão caupi), avicultura, bovinocultura (corte e leite), mandioca, horticultura (produção de hortaliças), turismo, mineração e energia (solar, eólica e biodigestores), que beneficiarão todo o Estado.

Há ainda a fruticultura nos municípios de Caroebe, Rorainópolis, Iracema, Cantá, Alto Alegre, Normandia, Bonfim, Boa Vista, Mucajaí, São João da Baliza, Amajari, São Luiz do Anauá e Caracaraí (Itã); piscicultura (tambaqui, pirarucu, matrinxã, curimatã, acará-açu, aracu e pirapitinga); produtos florestais não madeireiros (castanha, óleo, sementes, caçari de Roraima, açaí nativo e buriti); e palma do dendê, dentre outros. (R.G)