Cotidiano

Bombeiro civil confirma sequestro em depoimento à Polícia Civil

Denilson do Nascimento disse à delegada do Núcleo de Investigação de Pessoas Desaparecidas que foi mantido em cárcere privado

Depois de passar 25 dias supostamente sequestrado e reaparecer no Hospital Geral de Roraima na sexta-feira da semana passada, o bombeiro civil Denilson do Nascimento, de 43 anos, prestou depoimento ao Núcleo de Investigação de Pessoas Desaparecidas (NIPD), da Polícia Civil. Ele foi à sede da Secretaria de Segurança Pública, onde fica o NIPD, localizado no Centro da cidade, acompanhado da esposa e de um advogado.

De acordo com o advogado, Michael Ruiz, o cliente Denilson Nascimento ainda está debilitado, apesar de sua condição física já ter melhorado em poucos dias. O advogado disse à Folha que o bombeiro está empenhado na colaboração para o trabalho de investigações com intuito de esclarecer o caso e punir os criminosos. “Apesar de ter melhorado um pouco, meu cliente ainda está debilitado, mas o esforço dele é máximo para colaborar com o trabalho da polícia e punir como manda a lei os sequestradores”, disse.

Nas declarações, Denilson confirmou o sequestro ocorrido no dia 27 de novembro, quando teria sido levado por uma mulher e três homens e disse que após permanecer cinco dias em um cativeiro no meio do mato, ele conseguiu fugir e ficou 20 dias na mata até encontrar uma fazenda e fazer contato com a família.

A delegada Miriam Di Manso, que colheu as declarações do bombeiro civil por três horas e meia, disse que não ia se pronunciar sobre o caso. “Apenas colhi as informações, mas serão repassadas para outro setor de investigação, pois não cabe ao meu, que é de pessoas desaparecidas e o Denilson do Nascimento já apareceu”, disse a delegada.

O processo foi remetido do NIPD e passa a ser investigado agora pelo Grupo de Repressão as Ações Criminosas Organizadas (GRACO), por se tratar dos crimes de sequestro e cárcere privado, com características de crimes praticados por organizações criminosas. Miriam Di Mando é umas das delegadas que integram o Graco. (E.S)

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