O deputado estadual Brito Bezerra (PP) usou seu tempo de liderança, na manhã de ontem, 27, no plenário da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), para rebater afirmações de que o Governo do Estado teria pactuado com grandes empresários do ramo da pecuária para a suspensão de atividades do Matadouro Frigorífico de Roraima (Mafir).
“Foi dito que a governadora Suely Campos [PP] solicitou a saída do Serviço de Inspeção Federal [SIF], que é o selo de garantia dos produtos que ali são produzidos oriundos do abate bovino, mas são os profissionais do Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) que interditaram o matadouro para abate”, afirmou.
Segundo o parlamentar, a governadora teria sido orientada pelos técnicos da Agência de Defesa Agropecuária (Aderr), que fosse feita uma vistoria, já que o governo não tem condições de atender os 50 pontos determinados pelo Ministério da Agricultura.
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Além disso, o líder do governo negou que os pecuaristas donos do matadouro Frigo10 teriam pedido para a governadora fechar o Mafir para que eles fossem beneficiados. “Isso é mentira. Isso nunca foi arquitetado. O investimento dos produtores é para atender a exportação. Eles não visam o mercado local. A governadora Suely Campos pediu a inspeção porque o Mapa interditou, e não o contrário como foi dito aqui. A governadora tem sim compromisso com o setor produtivo e jamais o Mafir vai ser fechado. Vai continuar aberto atendendo o pequeno, o médio e o grande pecuarista”, frisou Brito Bezerra.
Em resposta, o deputado George Melo (PSDC) afirmou que foi ele um dos parlamentares que responsabilizou a governadora. “Ela patrocinou o desmantelo do Mafir nos últimos três anos. Deixaram o Mafir entregue às baratas, e o Mapa simplesmente pediu que o governo parasse dez dias para que fossem reparadas as irregularidades. Já pegando uma carona, a governadora tirou o SIF do Mafir para penalizar o pecuarista”, criticou Melo.
SEM QUÓRUM – Após as colaborações dos deputados, a sessão foi encerrada por falta de quórum. Segundo o deputado Masamy Eda (PMDB), que presidia a sessão, alguns parlamentares estavam ausentes por conta da reunião do Parlamento Amazônico realizada no Amazonas. (P.C.)
