Cotidiano

CRF alerta sobre o perigo da compra de ‘remédio natural’ para emagrecer

A busca por um corpo perfeito acaba esbarrando em alguns problemas mais graves que podem até levar à morte. Uma dessas questões é a venda de medicamentos classificados como naturais para emagrecimento, geralmente trazidos pelos camelôs da Venezuela e da Guiana. Diante do caso, o vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF), Paulo Tamashiro, alertou a população sobre a compra.

Segundo ele, o medicamento legal deve ter registro no Ministério da Saúde (MS), bem como um número que ateste que o mesmo passou pela Vigilância Sanitária. Durante os procedimentos, são definidos o modo de uso, a segurança e os exames toxicológicos. Ainda assim, muitas pessoas tentam atingir a meta de emagrecer pondo em risco à própria saúde a qualquer custo.

Tamashiro ressaltou que as pessoas acreditam no que a população leiga divulga. Ele afirmou que inúmeros medicamentos trazidos dos países vizinhos têm sido apreendidos em ações feitas nas estradas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

“As pessoas não sabem ou imaginam que transportar medicamentos de fora é um crime gravíssimo, principalmente se for anabolizante ou um produto controlado, como os anorexígenos, que têm anfetamina na sua composição”, disse. Tanto para quem transporta, mesmo que para consumo próprio, como para quem vende a penalidade é de quase 15 anos.

Tamashiro explicou que muitos dos produtos nas feiras-livres, principais locais da venda ilegal, têm a falsa imagem de que são naturais, de origem nas plantas. Contudo, quando não existe controle, são encontrados anfetamina e outros princípios que causam dependência e até a morte. “Eles começam a emagrecer, de fato, só que as pessoas não projetam o risco que estão produzindo para a própria saúde”, frisou.

O CRF tem uma rotina de fiscalização em parceria com o Ministério Público Estadual (MPRR), PRF e Polícia Federal (PF). Em determinados momentos, esses órgãos realizam blitze principalmente quando há um índice de apreensão maior em determinadas datas.

INTERNET – Além da comercialização em feiras e outros comércios, o vice-presidente do CRF informou que existem pessoas realizando a venda pelas redes sociais. “Já recebemos denúncia e fomos notificados pelo MP. Já estamos tomando providências”, frisou.

ALERTA – Tamashiro alertou sobre a falsa ideia de segurança que os medicamentos que são comprados sem prescrição médica nas farmácias são isentos de efeitos colaterais. A Vitamina C, por exemplo, que é hidrossolúvel, até um tempo atrás era consumida por um relevante número de pessoas que buscavam prevenir viroses, gripes e aumentar a imunidade. Contudo, ele ressaltou que a Vitamina C é contraindicada para indivíduos com cálculo renal por ter o principal elemento da doença. (A.G.G)