Entretenimento

Cada vez mais, mães modernas tendem a ser superprotetoras

Mãe de Frederico, Cacau Bastos tem o perfil de mãe moderna e protetora

Chegamos à segunda semana de maio que antecede uma data muito especial, o Dia das Mães. Durante essa semana o Caderno B traz uma série de reportagens que contam histórias das mais diversas sobre as mães da atualidade, que são superprotetoras, antenadas, e que aos poucos apresentam um perfil moderno de como ser mãe.

Em nossa primeira reportagem, contamos a história da mamãe Cacau Bastos, jornalista e superprotetora com seu primeiro filho Frederico de um ano. Cacau explica que o mundo moderno tem seus benefícios quando se trata de maternidade, e que informações mais acessíveis auxiliam na hora de tirar dúvidas e amenizar as famosas ‘neuras’ das mamães de primeira viagem.

Segundo ela, as criações são muito diferentes em cada geração. Hoje as chamadas “mães neuróticas” são super cuidadosas e monitoram cada vez mais as crianças para evitar situações perigosas.

 “As mães atuais tem uma grande preocupação com limpeza e cuidados. Eu fui uma criança que ia muito à rua sozinha, fazia uma compra pra minha mãe no mercadinho, ia à escola sozinha. Hoje eu sei que não deixarei o meu filho fazer isso, ele não sairá de casa sem a companhia de um adulto, com a violência que tem hoje em dia, não é aconselhável deixar”, compara.

Outra preocupação de Cacau é fazer a comida do filho e evitar comidas de restaurantes e com conservantes. “É um cuidado maior que temos, tento ser mais prática na hora de cozinhar, mas é uma forma de evitar um mal estar” explica. A modernidade também ajuda mais na hora de manter o contato, por meio do celular. Quando Cacau está trabalhando, acompanha a rotina do filho com a babá. “Saber se ele comeu bem, o que ele comeu, como está sendo o seu dia. Sei que muitas mães não tinham esse cuidado antigamente”, relata.

Para a psicóloga Ana Carolina Brito, a superproteção é uma das características das mães modernas. “Todos os dias receberam informações que nos alertam a evitar acidentes. Tem aspectos muitos diferentes em cada geração, mães tem acesso a uma série de coisas que não aconteciam há vinte anos, e isso vem mostrando uma geração de mães que criam os filhos de forma cada vez mais cuidadosa”, conta.

O psicólogo Alberto Iglesias relata que o instinto materno é uns dos mais fortes instintos primitivos, proteger seu bebê de tudo e todos, e alimenta-lo, normalmente priva a mãe de vários afazeres diários. Porém é preciso ficar em alerta, quando essa superproteção passa dos limites.

“Educar é transmitir os valores da família, mas também simultaneamente permitir que os filhos façam suas escolhas individuais e aprendam com os erros. As nossas escolhas de vida ou frustrações não podem ser referenciais para nossos filhos, já que tivemos diferentes vivências e oportunidades, ou seja, porque somos pessoas diferentes também. Proteger seus filhos é um instinto materno e um dever, porém, quando excede os limites pode ser prejudicial”, relata.

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