Polícia

Carro dirigido por policial invade quintal depois de derrubar muro

Um soldado da Polícia Militar invadiu o quintal de uma residência com seu carro Corolla, depois de derrubar o muro e quase bater nas casas de duas famílias. O caso aconteceu às 5h50 de ontem. As vítimas acordaram assustadas com o barulho e, quando levantaram para saber o que tinha acontecido, encontraram o homem, tentando dar ré no carro para fugir.

Uma das vítimas relatou à Folha que a todo instante o PM oferecia dinheiro e disse que pagaria o conserto do muro, mas que precisaria ir embora. “Eu recusei e disse que ele não poderia sair enquanto a gente não resolvesse a situação. Ele pedia insistentemente o número do meu telefone dizendo que iria me ligar, mas eu não acreditei na palavra dele. Chamei a polícia, que só chegou uma hora depois. Apesar do nosso pedido, não realizou o teste do bafômetro, nem na nossa casa e nem aqui na delegacia”, destacou a vítima.

O advogado das vítimas contou que chegou ao local antes da polícia e também impediu que o soldado fugisse. “Ele só não fugiu porque o carro ficou suspenso por um tronco de uma árvore que foi cortada e as rodas ficavam girando e não encostavam no chão”, destacou.

A Folha procurou o policial enquanto ele aguardava para ser ouvido pela delegada de plantão. Ele disse que não gostaria de se manifestar sobre as acusações e que prestaria depoimento somente para a autoridade policial. Segundo ele, caso a imprensa quisesse, deveria conversar com a Polícia Civil para obter informações.

Depois que as partes foram ouvidas na delegacia, ficou acordado que o soldado teria o prazo de dez dias para realizar o conserto do muro. Em seguida, todos foram liberados. O veículo do PM ficou com a frente destruída devido ao impacto.

PM – Em nota, o Comando da Polícia Militar informou que vai determinar uma investigação para identificar o policial e a guarnição que atendeu à ocorrência a fim de apurar o fato. “Havendo indícios de crime ou transgressão disciplinar por parte de qualquer policial militar nessa ocorrência, eles responderão por suas ações ou omissões”, destacou o texto. (J.B)