Cotidiano

Casas de 10 bairros receberão estações para combater mosquitos com larvicidas

Instrumento servirá para disseminar larvicidas pelos próprios mosquitos no combate ao Aedes aegypti

A partir da próxima semana, com apoio da Fundação Osvaldo Cruz do Amazonas (Fiocruz-AM), a Prefeitura de Boa Vista irá instalar estações disseminadoras de larvicidas em dez bairros da Capital. A ação é uma nova estratégia para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, febre amarela e zika, haja vista o considerável aumento dos casos das doenças na Capital.

Na estação disseminadora será colocado um larvicida no qual o próprio mosquito irá disseminá-lo para outros criadouros. É como uma armadilha: um pote com água e um pano impregnado de larvicida. No momento em que o mosquito entrar em contato com o pano, levará o produto para outros criadouros, impedindo que os ovos cheguem à fase adulta.

O projeto tem previsão para ser concluído em dezembro deste ano e, inicialmente, os técnicos e agentes de endemias vão executar as ações nos bairros Asa Branca, Buritis, Caimbé, Cambará, Cinturão Verde, Liberdade, Pricumã, Jardim Primavera, Santa Tereza e Tancredo Neves, todos na zona oeste. “Os profissionais estão passando por treinamentos e estarão preparados para efetivar as atividades programadas”, afirmou a diretora da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses, Maria da Conceição.

Uma estação será instalada pelos profissionais a cada dez casas. A expectativa é alcançar três mil residências. “Conforme a nossa logística, é um número suficiente para atingirmos a média levando em consideração os 156 mil imóveis que temos na Capital”, explicou.

Atualmente, Roraima enfrenta um surto epidemiológico de chikungunya e, no início deste ano, o Estado sofreu um aumento de mais de 50% nos casos de zika. O maior número de casos confirmados foi registrado na Capital.

Conforme a diretora, é uma alternativa eficiente que poderá auxiliar no combate ao mosquito, diminuindo e evitando o grande número de pessoas atingidas pelas doenças. “Com o projeto, esperamos diminuir os casos de pessoas contaminadas e, assim, contribuir com a qualidade de vida e com a saúde da população boa-vistense”, disse.

Para dar efetividade ao projeto, as autoridades contam com a participação da sociedade. “Só conseguiremos alcançar os resultados desejados se o cidadão aderir ao projeto. Contamos com a compreensão da população no sentido de que permitam a instalação dos disseminadores em suas residências”, frisou a diretora. (B.B)