Cotidiano

Cerca de 150 famílias que moram em áreas de risco devem ser cadastradas

Beiral e áreas dentro do Paraviana, Caranã e Cauamé estão com maiores chances de alagamentos. Árvores que podem ser derrubadas pelo vento também estão sendo verificadas

Em torno de 150 famílias devem ser cadastradas pela Defesa Civil do município de Boa Vista a partir de maio. A maioria delas reside nos bairros do Paraviana (zona Leste), Cauamé (zona Norte), Caranã (zona Oeste) e a Área de Interesse Social Caetano Filho, conhecida como Beiral, no Centro, todos próximos a rios.

O Coordenador da Defesa Civil, Amarildo Gomes, disse que no momento os servidores estão planejando as ações e definindo para onde as pessoas serão remanejadas em caso de alagamentos e temporais. Nesta semana, os servidores percorreram todos os bairros mapeando as zonas mais propícias a inundações. Depois, vão até os endereços e questionam quantos moram naquelas residências, se as pessoas possuem um lugar para irem, em caso de calamidade, e se têm vizinhos correndo riscos parecidos e que não foram abordados pelo órgão de proteção.

De acordo com dados da Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh-RR), em abril as chuvas ficarão dentro do esperado, em menos de 300 mm. No próximo mês, a previsão é de 300 mm. Em junho e julho, passarão dos 300 mm.

PODAS – Outro transtorno possível no período chuvoso é o das árvores derrubadas pelo vento, caindo em cima de imóveis que podem estar habitados. “Fazemos vistoriais durante o ano todo, pois a cidade inteira é bem arborizada e sofremos com a situação de pessoas que não podam direito ou simplesmente não podam as árvores”, explicou Amarildo Gomes. Jambeiros e mangueiras são as mais problemáticas. “Crescem muito rápido e o pessoal planta muito próximo das suas residências”, analisou.

Morador do bairro São Pedro, na zona Leste, o pescador Moacir Lessa preocupa-se com as árvores que estão quase caindo próximo a sua casa. “Os bombeiros já vieram aqui algumas vezes e condenaram quase todas estas árvores. O meu solo são em sua maioria de pedras, elas não conseguem firmar as raízes e as espalham pela superfície, ficando com pouca sustentação. Mas eles não vêm aqui retirar as mais arriscadas. Já pensei em ir à Defesa Civil e depois na Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), mas eles geralmente só retiram uma árvore por vez”, reclamou. Lessa lembrou que uma vez uma árvore caiu em cima da casa de um vizinho, que poderia ter morrido se tivesse na residência naquele momento. Outra árvore destelhou a casa do mesmo vizinho.

A solicitação da poda de árvores pode ser feita na sede da Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Meio Ambiente, na rua Claudionor Freire, 571, bairro Paraviana. É necessário apresentar cópia do RG e CPF do dono do imóvel e IPTU. Um técnico visita o endereço para verificar se a árvore realmente oferece risco de vida aos moradores, autorizando o serviço. A poda ou o corte da árvore é feito por serviço privado, pago pelo próprio solicitante, que é também o responsável pela retirada do entulho. (N.W)